Por Kevin Buckland e Amanda Cooper
TÓQUIO/LONDRES, 26 Mai (Reuters) - O euro atingiu a máxima de um mês frente ao dólar nesta segunda-feira, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou da ameaça de impor tarifas de 50% sobre as remessas da União Europeia a partir de 1º de junho, depois que o bloco pediu tempo para "chegar a um bom acordo".
O dólar continuava seu declínio em relação a uma ampla gama de outras moedas, uma vez que as mudanças de Trump, bem como seu amplo projeto de lei sobre gastos e cortes de impostos atualmente em tramitação, afastavam os investidores dos ativos dos EUA.
"O tema 'Vender os EUA', que obviamente foi o tema dominante em abril, está de volta", disse Ray Attrill, chefe de pesquisa de câmbio do National Australia Bank.
"Os mercados provavelmente têm a opinião - e provavelmente com razão - de que a situação tarifária entre os EUA e a UE não chegará a 50%, mas como chegaremos lá é, francamente, uma incógnita no momento."
O euro EUR= era negociado a US$1,138425, em alta de 0,26% no dia, depois de atingir US$1,1418 pela primeira vez desde 29 de abril.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,08%, a 98,995.
O dólar tinha alta de 0,21% em relação ao iene JPY=, a 142,84.
Trump anunciou a decisão de adiar as tarifas da UE até 9 de julho no domingo, após uma ligação com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que pediu mais tempo para chegar a um acordo.
O dia 9 de julho marca o fim da pausa de 90 dias nas tarifas do "Dia da Libertação" de Trump, anunciadas em 2 de abril sobre a UE e a maioria dos outros parceiros comerciais.
A redução da escalada, apenas dois dias após a ameaça de Trump, é um forte lembrete de como a política comercial dos EUA pode mudar repentinamente, mesmo que tenha encorajado os investidores a acreditarem que acordos podem ser fechados e acalmado as preocupações sobre uma desaceleração global.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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