FOREX-Dólar cai conforme falas de Trump sobre tarifas da UE estimulam fuga de investidores

Por Chuck Mikolajczak e Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK, 23 Mai (Reuters) - O dólar caía de forma generalizada nesta sexta-feira, com investidores se desfazendo da moeda depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais uma vez intensificou sua guerra comercial, recomendando que a União Europeia fosse atingida com tarifas de 50% a partir de 1º de junho, o que reacendeu preocupações com o impacto das taxas sobre a economia mundial e o comércio global.

Trump disse em comentários nas redes sociais que a UE é "muito difícil de lidar" e "nossas discussões com eles não estão levando a lugar algum".

Em uma publicação separada, ele ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre os iPhones da Apple AAPL.O não fabricados nos EUA, bem como sobre a Samsung e outros fabricantes de smartphones.

"O principal tema que está pesando sobre o dólar neste momento é a perda de confiança na política dos EUA", disse Elias Haddad, estrategista sênior de mercados da Brown Brothers Harriman. "Há uma guerra comercial em andamento e isso está levando os países a reavaliar sua dependência dos EUA."

O dólar recuava 1% em relação ao iene JPY=EBS, para 142,48 ienes, depois de ter caído anteriormente para a cotação mais baixa em duas semanas. Na semana, o dólar caía 2,2% frente à moeda japonesa, a caminho de sua maior baixa semanal desde 7 de abril.

O euro EUR=EBS subia 0,8% em relação ao dólar, para US$1,1363. Mais cedo, a moeda atingiu um pico em duas semanas, e estava a caminho de sua maior alta semanal em seis semanas.

O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, caía 0,8%, para 99,09, atingindo a menor cotação em três semanas.

Na semana, o dólar tinha queda de 1,9%, encaminhado para sua maior baixa semanal desde o início de abril.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, observou que os comentários de Trump sobre as tarifas foram em resposta ao ritmo da UE nas negociações tarifárias, destacando que o presidente dos EUA não acredita que as ofertas comerciais do bloco para os EUA sejam de qualidade suficiente.

((Tradução Redação Brasília))

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