Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK, 15 Mai (Reuters) - O dólar caía em relação à maioria de seus pares nesta quinta-feira após uma enxurrada de dados econômicos, incluindo um indicador da saúde do consumidor que mostrou que os gastos no varejo desaceleraram em abril conforme a incerteza econômica pesava sobre o sentimento.
O Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo subiram 0,1% no mês passado, depois de um aumento de 1,7% em dado revisado para cima em março, em comparação com a expectativa dos economistas consultados pela Reuters de que permaneceriam inalteradas depois de um salto de 1,5% relatado anteriormente em março.
Entretanto, outros dados do Departamento do Trabalho mostraram que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego semanais se mantiveram em 229.000, em linha com as expectativas dos economistas consultados pela Reuters, embora as vagas de emprego tenham se tornado mais limitadas.
"Suspeito que não se trate apenas de tarifas, mas sim de um tom subjacente de fraqueza do consumidor norte-americano", disse Thierry Wizman, estrategista global de câmbio e taxas do Macquarie.
"São as tarifas, mas também é a fraqueza subjacente entre os consumidores dos EUA neste momento, e o segundo trimestre será um trimestre fraco para o crescimento, já que chegamos a ele com um sentimento ruim e muita incerteza. E isso ainda não foi completamente resolvido, apesar do que fizemos com a China no último fim de semana."
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, caía 0,11%, para 100,89, depois de recuar até 0,43% na sessão, enquanto o euro EUR= registrava variação positiva de 0,02%, para US$1,1176.
O dólar iniciou a semana com um aumento de mais de 1% na segunda-feira depois que os Estados Unidos e a China anunciaram uma pausa de 90 dias na maioria das tarifas impostas sobre os produtos uns dos outros desde o início de abril, aliviando os temores de uma recessão global.
Em relação ao iene JPY=, o dólar depreciava 0,73%, para 145,68 ienes, enquanto a libra esterlina GBP= avançava 0,23%, para US$ 1,329, depois que a economia britânica cresceu com mais força do que o esperado no início de 2025.
((Tradução Redação Brasília))
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