Por Lucy Raitano e Ankur Banerjee
LONDRES, 30 Abr (Reuters) - O dólar avançava nesta quarta-feira, mas permanecia a caminho de seu pior desempenho mensal desde novembro de 2022, com outras moedas fortes em direção de ganhos mensais em meio a preocupações com a política comercial dos Estados Unidos sob o comando do presidente Donald Trump.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,26%, a 99,435.
O euro EUR= era negociado a US$1,136525, em queda de 0,17% no dia.
Mesmo assim, o euro tem se beneficiado da fuga de investidores dos ativos dos EUA e subia mais de 5% em abril, em curso para seu melhor desempenho mensal desde novembro de 2022.
Dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que o PIB da Alemanha subiu em linha com as previsões, enquanto na França a taxa de inflação ficou acima da previsão em abril e o PIB cresceu ligeiramente.
Os números não mudaram o cenário, com as atenções voltadas para o PIB dos EUA, que será divulgado mais tarde, e para o relatório mensal de emprego, a ser publicado na sexta-feira, com os investidores em busca de uma orientação mais clara sobre as perspectivas para a maior economia do mundo.
A Casa Branca já recuou várias vezes em relação às tarifas abrangentes que Trump divulgou no início de abril, o que tem levado a uma enorme volatilidade nos mercados globais e fez com que os investidores fugissem do dólar e dos Treasuries, normalmente ativos seguros.
"Atingimos um nível no dólar em que o mercado está ficando mais cauteloso em relação a uma maior fraqueza... até recebermos mais mensagens é um pouco difícil avaliar", disse Michael Pfister, analista de câmbio do Commerzbank.
Trump assinou dois decretos na terça-feira para suavizar o impacto de suas tarifas automotivas com uma mistura de créditos e alívio de outras taxas sobre materiais. A equipe comercial de Trump também divulgou seu primeiro acordo comercial com um parceiro.
Os acontecimentos ajudaram a aliviar algumas tensões, já que os investidores e as empresas se preocupam com as consequências econômicas das tarifas, com indicações de que as taxas pesarão sobre o crescimento e poderão aumentar a inflação e o desemprego.
O dólar tinha alta de 0,48% em relação ao iene JPY=, a 143,03.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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