Por Hannah Lang
NOVA YORK, 24 Abr (Reuters) - O dólar teve um recuo generalizado na quinta-feira, com o desânimo de investidores em relação à falta de progresso no sentido de acalmar a guerra comercial entre os EUA e a China se reafirmando após um interlúdio de otimismo no dia anterior.
Os ativos dos EUA, incluindo o dólar, se recuperaram na quarta-feira, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, recuou das ameaças de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e pareceu suavizar sua posição em relação à China.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse separadamente que a situação tarifária entre EUA e China é insustentável, mas que os EUA não serão os primeiros a reduzir suas taxas de mais de 100% sobre os produtos chineses.
Nesta quinta-feira, os ganhos do dólar haviam se desfeito.
A China afirmou que não houve negociações sobre a economia e o comércio e pediu aos EUA que suspendam todas as medidas tarifárias unilaterais se realmente desejam resolver a questão, deixando os investidores mais ou menos onde estavam no início da semana em termos de clareza.
No entanto, Trump afirmou nesta quinta-feira que negociações comerciais com a China estão em andamento. "Eles tiveram uma reunião esta manhã", disse ele a repórteres, recusando-se a dizer a quem estava se referindo.
"Parece que há um abismo tão grande quanto o Oceano Pacífico entre a forma como os EUA e a China estão vendo o comércio", disse Matt Weller, chefe de pesquisa de mercado da StoneX. "E acho que, enquanto esse abismo permanecer, os ralis do dólar podem ter vida curta."
O dólar caía 0,54%, para 142,700 ienes JPY=EBS, mas ainda estava acima da marca de 140 ienes registrada na semana passada.
O dólar tem sido a maior vítima das tarifas de Trump, caindo 4,8% até agora em abril, o que marcaria sua maior queda mensal desde novembro de 2022.
Investidores também se abalaram nos últimos dias quando Trump fez uma série de ataques verbais ao chair do Fed, Jerome Powell, sobre sua relutância em cortar a taxa de juros até que os dados o justifiquem.
((Tradução Redação Brasília))
REUTERS VB