Por Hannah Lang e Yadarisa Shabong
23 Abr (Reuters) - O dólar se estabilizava frente aos seus principais pares nesta quarta-feira, com a expectativa de que as tensões comerciais sejam atenuadas e com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuando das ameaças de demitir o chair do Federal Reserve.
O jornal The Wall Street Journal também informou nesta quarta-feira que a Casa Branca está considerando reduzir as tarifas sobre a China em um esforço para diminuir a guerra comercial entre os dois países, impulsionando o dólar em relação ao euro.
Nesta semana, os mercados vêm ponderando sobre a possibilidade de que a independência do Fed possa estar ameaçada após repetidos ataques verbais de Trump contra o chair Jerome Powell por não ter cortado a taxa de juros desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro.
Trump pareceu recuar em seus comentários na terça-feira.
"Não tenho intenção de demiti-lo", disse Trump a repórteres no Salão Oval. "Gostaria que ele fosse um pouco mais ativo em termos de sua ideia de reduzir a taxa de juros."
Lee Hardman, analista sênior de moedas do MUFG, disse que a "negação absoluta" de Trump foi um sinal encorajador para os mercados.
Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ainda sugeriram separadamente que pode haver uma diminuição nas tensões comerciais entre os EUA e a China e que qualquer acordo comercial com a China poderia reduzir "substancialmente" as tarifas.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,01%, a 99,557.
O euro EUR= era negociado a US$1,135325, em queda de 0,58% no dia, recuando dos níveis de US$1,15 registrados no início desta semana, que marcaram uma máxima de cerca de 3 anos e meio.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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