FOREX-Dólar tem leve baixa em meio à incerteza sobre tarifas dos EUA

Por Karen Brettell

NOVA YORK, 14 Abr (Reuters) - O dólar tinha leve baixa ante seus pares fortes nesta segunda-feira, depois que uma semana negativa o levou a mínima de três anos em relação ao euro, em meio às incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos.

Os investidores continuam cautelosos em relação ao dólar, já que a implementação errática de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, prejudica a confiança na moeda de reserva mundial.

O dólar tem se desacoplado dos rendimentos dos Treasuries, que na semana passada subiram mesmo com a queda do dólar. Isso aumentou a especulação de que os investidores estão transferindo seus investimentos para fora dos EUA, pois se preocupam com a longevidade e o impacto das tarifas.

"A formulação de políticas é tão caótica que é difícil pensar além das próximas 24 horas em termos de onde as taxas poderão estar ou para onde a economia está indo", disse Adam Button, analista-chefe de câmbio da ForexLive.

"A incerteza está agora em um nível intolerável para a maioria das empresas e a questão é a rapidez com que isso atinge o consumidor na economia real. No momento, o mercado está tendo uma visão negativa sobre o crescimento futuro dos EUA e isso se manifestou mais claramente no mercado cambial", disse Button.

O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,26%, a 99,655.

O dólar tinha queda de 0,08% em relação ao iene JPY=, a 143,4.

O euro EUR= era negociado a US$1,13605, em queda de 0,02% no dia.

Trump disse no domingo que anunciará uma tarifa sobre semicondutores importados nesta semana, acrescentando que haverá flexibilidade com algumas empresas do setor.

Na sexta-feira, a Casa Branca concedeu uma exclusão de tarifas elevadas para smartphones, computadores e alguns outros produtos eletrônicos importados principalmente da China.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse no domingo, no entanto, que eles enfrentarão novas tarifas separadas, juntamente com os semicondutores, nos próximos dois meses.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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