Por Alun John e Chibuike Oguh
NOVA YORK/LONDRES, 10 Abr (Reuters) - O dólar caía em relação aos seus principais pares nesta quinta-feira, atingindo a menor cotação em dez anos em relação ao franco suíço, moeda considerada segura, conforme mercados lidam com a dramática mudança de decisão do presidente Donald Trump em relação às tarifas.
Trump surpreendeu os mercados na quarta-feira ao recuar em relação a suas tarifas sobre parceiros comerciais que haviam entrado em vigor menos de 24 horas antes. Ele concedeu uma pausa de 90 dias às tarifas do chamado "Dia da Libertação", mas manteve uma taxa universal de 10% sobre a maioria dos países.
No entanto, as tarifas sobre as importações chinesas foram elevadas para 125% com efeito imediato, depois que Pequim retaliou as tarifas anteriores dos EUA com uma taxa de 84%.
O dólar se recuperou de forma acentuada ante o franco suíço e o iene na quarta-feira, enquanto os principais índices de Wall Street subiram, conforme o alívio tarifário trouxe algum otimismo aos investidores.
No entanto, investidores estavam reajustando suas posições nesta quinta-feira.
Frente ao iene JPY=EBS, o dólar caía 2%, para 144,795 ienes.
Em relação ao franco suíço CHF=EBS, o dólar recuava 3,6%, para 0,82635 franco.
O euro EUR=EBS tinha alta de quase 2,47%, para US$ 1,1221.
O dólar caiu 3,46% em relação ao iene e quase 6,5% em relação ao franco suíço até o momento neste mês, no caminho para a maior perda diária em relação ao franco desde janeiro de 2015.
"Até a prorrogação de 90 dias de ontem, houve um grande deslocamento no mercado, em todos os mercados, na verdade, e um ajuste total ao regime tarifário. Mas agora que há uma pausa, todos os ajustes estão basicamente sendo reajustados", disse Eugene Epstein, chefe de estruturação para a América do Norte da Moneycorp.
Uma queda nos rendimentos dos Treasuries, após um sólido leilão de notas de dez anos na quarta, também pesava parcialmente sobre o dólar.
((Tradução Redação Brasília))
REUTERS VB