FOREX-Dólar tem leve baixa em demonstração de cautela pelos investidores; iene e libra recuam

Por Yadarisa Shabong e Brigid Riley

14 Mar (Reuters) - O iene recuava nesta sexta-feira, após a conclusão de negociações salariais no Japão, enquanto a libra caía depois de dados econômicos do Reino Unido, com os investidores também processando as tensões comerciais e as preocupações com uma desaceleração econômica nos Estados Unidos.

O dólar tinha alta de 0,53% em relação ao iene JPY=, a 148,6, depois de atingir a mínima de cinco meses nesta semana, em 146,545, na esteira da busca por ativos seguros e das apostas dos mercados para novos aumentos da taxa de juros pelo Banco do Japão.

As empresas japonesas concordaram em aumentar os salários em 5,46% neste ano, superando os números preliminares e finais do ano passado e, provavelmente, marcando o maior aumento salarial em 34 anos.

"Os números ainda estão aquém do valor de mais de 6% que o sindicato Rengo almejava, o que pode ter feito com que algumas posições compradas no iene sofressem reajustes", disse Michael Brown, estrategista sênior de pesquisa da Pepperstone.

Os dados são um importante insumo para a tomada de decisões do Banco do Japão. Economistas e os mercados preveem que o banco central manterá os juros inalterados em sua reunião da próxima semana, enquanto as autoridades avaliam os riscos globais.

A libra GBP= era cotada a US$1,29415, em queda de 0,07%, depois que a economia do Reino Unido contraiu de forma inesperada em janeiro, a 0,1%.

Mas ainda assim, a moeda britânica não estava muito longe de sua máxima de quatro meses de US$ 1,2990, atingida na quarta-feira.

O dólar começou a semana em baixa em relação aos seus pares fortes, mas desde então se recuperou e está a caminho de terminar com alguns ganhos semanais.

O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,10%, a 103,730, com as preocupações sobre as perspectivas para os EUA e para a economia global mais ampla diminuindo.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

REUTERS FC