FOREX-Euro ronda máxima de 4 meses antes de decisão do BCE

Por Yadarisa Shabong e Kevin Buckland

6 Mar (Reuters) - O euro rondava a máxima de quatro meses frente ao dólar nesta quinta-feira, devido ao otimismo em torno do plano da Alemanha para um fundo de infraestrutura maciço e uma revisão das regras fiscais do país, antes do anúncio da decisão de política monetária do Banco Central Europeu mais tarde.

O euro EUR= era negociado a US$1,0802, em alta de 0,13% no dia, após atingir US$1,0822 na quinta-feira pela primeira vez desde 7 de novembro.

A moeda europeia subiu 4,1% até agora nesta semana, atingindo seu maior salto semanal desde março de 2009.

Um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelo BCE é amplamente esperado. Mas o foco estará no escopo e no ritmo de afrouxamento depois disso, e nos comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre a forte recuperação dos rendimentos dos títulos.

"Os rendimentos alemães subiram, mas o mesmo aconteceu com os rendimentos franceses e italianos, e a França e a Itália têm seus problemas de sustentabilidade", disse Nick Rees, chefe de pesquisa macro da Monex Europe.

"Agora, em algum momento, essa história volta à tona e os mercados começam a se preocupar com a fragmentação da zona do euro, e isso realmente limita o nível em que o euro pode subir."

O que Lagarde disser sobre a "disposição do BCE de intervir se isso se tornar um risco de explosão" será crucial, disse Rees.

O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,19%, a 104,090, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu um adiamento de um mês nas tarifas sobre automóveis de Canadá e México.

"A política comercial dos EUA continua sendo a maior incerteza para os mercados", disse Kyle Rodda, analista sênior de mercados financeiros da Capital.com.

Mas a isenção das tarifas sobre automóveis "apoiou as esperanças de que cabeças racionais prevaleçam na Casa Branca e que, mesmo que as relações comerciais não melhorem, pelo menos não piorarão", completou.

((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))

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