Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK, 28 Fev (Reuters) - O dólar caía nesta sexta-feira, após dois dias consecutivos de ganhos, depois que uma leitura sobre a inflação dos Estados Unidos ficou, em grande parte, em linha com estimativas de investidores, enquanto os gastos do consumidor norte-americano caíram inesperadamente.
O índice PCE aumentou 0,3% em janeiro, em linha com expectativas de economistas consultados pela Reuters, após um avanço de 0,3% não revisado em dezembro. No período de 12 meses até janeiro, os preços subiram 2,5%, após um aumento de 2,6% em dezembro.
Mas os gastos do consumidor norte-americano, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, caíram 0,2% no mês passado, após um aumento revisado para cima de 0,8% em dezembro.
"Tenho a suspeita de que isso seja idiossincrático no lado dos gastos em janeiro. Ao mesmo tempo, não me surpreenderia se tivéssemos uma fraqueza real em fevereiro e março, em vista do declínio na confiança do consumidor", disse Thierry Wizman, estrategista global de câmbio e taxas do Macquarie.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, caía 0,1%, para 107,25.
Já o euro EUR= subia 0,18%, para US$1,0416.
Durante a semana, o dólar tem alta de cerca de 0,5%, mas tem queda de mais de 1% em fevereiro, registrando sua maior baixa mensal desde agosto.
As expectativas de que o Federal Reserve cortará os juros em pelo menos 25 pontos-base em sua reunião de junho aumentaram após os dados, com os mercados precificando uma chance de 71,4% de uma redução, acima dos quase 70% nas sessões anteriores, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
Autoridades do Fed indicaram recentemente que esperam que o banco central norte-americano mantenha os juros inalterados até que haja mais clareza quanto ao impacto das tarifas sobre a inflação e a desaceleração da economia.
O dólar havia caído anteriormente nesta semana quase 4% em relação ao pico em mais de dois anos registrado em janeiro, devido a preocupações renovadas com o crescimento econômico e a inflação dos EUA, conforme Trump alterou os prazos para que tarifas sobre o Canadá e o México entrem em vigor.
Em relação ao iene JPY=, o dólar apreciava 0,65%, para 150,77 ienes, mas tem queda de quase 3% no mês.
((Tradução Redação Brasília))
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