Por Samuel Indyk e Brigid Riley
LONDRES, 27 Fev (Reuters) - O dólar avançava nesta-quinta, mas ainda estava perto da mínima de 11 semanas, uma vez que as vagas promessas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre a Europa e adiar ainda mais as taxas planejadas para Canadá e México fomentavam a incerteza.
O euro se distanciava ainda mais da máxima de um mês atingida na sessão anterior, com os investidores adotando uma abordagem de esperar para ver, já que Trump lançou a ideia na quarta-feira de uma tarifa "recíproca" de 25% sobre carros europeus e outros produtos.
Trump também disse que as tarifas de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses poderiam entrar em vigor em 2 de abril, em vez do prazo previamente estabelecido de 4 de março.
No entanto, uma autoridade da Casa Branca disse que as tarifas sobre Canadá e México permanecerão em vigor "a partir deste momento", enquanto Trump aguarda a análise das ações de ambos os países para proteger suas fronteiras e interromper o fluxo de migrantes e de fentanil para os EUA.
"Isso se encaixa muito bem em nossa predisposição de que Trump está ameaçando demais com as tarifas, mas entregando de menos", disse Mohamad Al-Saraf, analista sênior do Danske Bank.
"Claro, o dólar está um pouco mais forte, mas não é como nas primeiras semanas após a posse de Trump, quando as manchetes sobre tarifas tiveram um impacto muito maior do que agora."
As mensagens mistas do governo Trump têm mantido as moedas em grande parte dentro das faixas recentes.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,19%, a 106,650.
O euro EUR= era negociado a US$1,047525, em queda de 0,09% no dia.
Embora as preocupações com o comércio global tenham ajudado a elevar o índice do dólar, ele permanece quase 4% abaixo da máxima de mais de dois anos atingida em janeiro, já que a mudança nas mensagens tarifárias fomentou simultaneamente as preocupações com o crescimento econômico e a inflação dos EUA.
Uma série de indicadores recentes, incluindo a fraca atividade empresarial dos EUA em fevereiro e uma queda acentuada na confiança do consumidor, ampliou essas preocupações, fazendo com que os rendimentos dos Treasuries caíssem.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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