Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK, 25 Fev (Reuters) - O dólar caía nesta terça-feira, ampliando perdas após uma leitura fraca sobre a confiança do consumidor dos Estados Unidos e uma queda nos rendimentos dos Treasuries, enquanto o otimismo por mais gastos na Alemanha ajudou a impulsionar o euro.
A moeda norte-americana ampliou a baixa depois que o Conference Board informou que seu índice de confiança do consumidor caiu 7 pontos, sua maior queda desde agosto de 2021, para 98,3, bem abaixo da estimativa de 102,5 de economistas consultados pela Reuters.
"O índice da situação atual melhorou, mas os consumidores estão esperando céus escuros à frente. Mudanças podem ser assustadoras, então não é surpresa que a confiança esteja caindo", disse Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, caía 0,39%, para 106,33, abaixo da menor cotação em dois meses de 106,12 atingida na segunda-feira.
O euro EUR= subia 0,37%, para US$1,0505.
Preocupações sobre o crescimento econômico dos EUA começaram a surgir. Além disso, os receios sobre a inflação estão aumentando conforme se aproxima o prazo para definição das novas tarifas dos EUA sobre produtos do Canadá e do México, previsto para a próxima semana.
Investidores também temem o impacto no mercado de trabalho das ações tomadas pelo Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk.
"Haverá muita discussão sobre as iniciativas de Trump e, certamente, os mercados em geral, a longo prazo, não gostam de tarifas", disse Joseph Trevisani, analista sênior da FXStreet.
"Definitivamente há nervosismo por aí, porque algumas dessas coisas podem dar errado. Certamente a inflação não mostrou nenhum sinal de recuo."
Enquanto isso, o dólar caía 0,44% em relação ao iene, para 149,05 ienes. O dólar havia caído anteriormente para a menor cotação em 4 meses e meio de 148,56 ienes.
Na Europa, após sinais iniciais de que a Alemanha pode agir rapidamente, o vencedor das eleições, Friedrich Merz, descartou nesta terça-feira uma reforma rápida nos limites de endividamento do Estado alemão, conhecida como "freio da dívida", e disse que era muito cedo para dizer se o parlamento pode aprovar um grande aumento nos gastos militares.
((Tradução Redação Brasília))
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