Por Rae Wee e Alun John
CINGAPURA/LONDRES, 25 Fev (Reuters) - O dólar rondava a estabilidade nesta terça-feira, após recuar para seu menor valor em mais de dois meses ante seus pares fortes no dia anterior, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as tarifas sobre México e Canadá prosseguirão conforme planejado.
Trump disse na segunda-feira que as tarifas sobre as importações canadenses e mexicanas estão "dentro do prazo e do cronograma", apesar dos esforços dos países para reforçar a segurança nas fronteiras e interromper o fluxo de fentanil para os EUA antes do prazo de 4 de março.
Muitos esperavam que os dois principais parceiros comerciais dos EUA pudessem persuadir o governo Trump a adiar ainda mais as tarifas que seriam aplicadas a mais de US$918 bilhões em importações provenientes dos dois países, de automóveis a energia.
Mas os comentários de Trump estimularam uma busca por ativos seguros, como ouro e Treasuries, e ajudavam a estabilizar o dólar, que caiu cerca de 3% em relação ao pico de janeiro, após dados econômicos dos EUA mais fracos do que o esperado, o que fomentou preocupações com as perspectivas de crescimento.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,08%, a 106,66, acima da mínima de dois meses registrada na segunda-feira, a 106,1.
O euro EUR= era negociado a US$1,047, em alta de 0,02% no dia.
O dólar tinha alta de 0,03% em relação ao iene JPY=, a 149,76.
"Desde a última semana ou duas, as notícias econômicas estão realmente contribuindo para essa narrativa de que os EUA estão perdendo seu excepcionalismo econômico. Mas sempre que vemos um tom de risco razoável nos mercados acionários... o dólar obtém seu tipo de apoio tradicional", disse Ray Attrill, chefe de estratégia cambial do National Australia Bank.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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