Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK, 20 Fev (Reuters) - O dólar caía em relação às principais moedas nesta quinta-feira, com investidores digerindo os mais recentes planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto o iene subiu para um pico em 11 semanas em relação ao dólar, em meio ao aumento das apostas de novas altas da taxa de juros pelo Banco do Japão.
As tarifas continuam sendo o principal foco de investidores em moedas, embora seu impacto tenha se enfraquecido por enquanto.
Trump disse na quarta-feira que deve anunciar novas tarifas no próximo mês ou antes, acrescentando madeira e produtos florestais aos planos anunciados anteriormente de impor tarifas sobre carros importados, semicondutores e produtos farmacêuticos.
"O mercado atingiu a fadiga tarifária e simplesmente não está reagindo... como fez logo após a eleição em novembro, dezembro e até mesmo em janeiro", disse Paresh Upadhyaya, diretor de renda fixa e estratégia cambial da Amundi U.S.
"Agora, está operando usando o manual de paralisação do governo, em que todos acham que já viram esse show antes e esperam a mesma coisa. Há a ameaça de tarifas, o que leva a negociações, a um adiamento e a alguma forma de resolução."
O euro EUR=EBS subia 0,7% em relação ao dólar, para US$1,0499, em alta após três dias consecutivos de perdas.
Em relação ao dólar, o iene JPY=EBS subiu para um pico em 11 semanas de 149,40 ienes. O dólar tinha queda de 1,1%, para 149,77 ienes, impulsionado principalmente pela compra de moedas consideradas seguras em meio a preocupações com as tarifas de Trump e expectativas crescentes de mais aumentos de juros do Banco do Japão este ano. 0#JPYIRPR
Frente ao iene, o euro EURJPY=EBS também caiu para a menor cotação em mais de uma semana e recuava 0,5%, para 157,21 ienes.
O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse nesta quinta-feira que se reuniu com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba para uma troca regular de opiniões sobre a economia e os mercados financeiros, sugerindo que o governo não tem objeções ao aumento dos juros e à normalização da política monetária.
((Tradução Redação Brasília))
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