Por Lucy Raitano
LONDRES, 20 Fev (Reuters) - O dólar recuava em relação a uma série de moedas nesta quinta-feira, com os investidores digerindo os mais recentes planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto o iene subiu para máximas de várias semanas em meio ao aumento das apostas de novas altas da taxa de juros pelo Banco do Japão.
O índice do dólar =USD tinha queda de 0,4%, a 106,79. Ele deve encerrar a semana praticamente estável, após queda de 1,2% da semana passada.
O iene, enquanto isso, subiu para uma máxima de mais de dois meses em relação ao dólar JPY=EBS, que recuava 1,4% para 150,020, tendo caído brevemente mais cedo abaixo da marca de 150 diante de preocupações com as tarifas de Trump e com o aumento das expectativas de mais altas dos juros pelo banco central este ano. 0#JPYIRPR
Em relação ao euro, o iene EURJPY=EBS subia 0,74% e estava a caminho da maior queda diária desde 27 de janeiro.
O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse neta quinta-feira que se reuniu com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba para uma troca regular de opiniões sobre a economia e os mercados financeiros.
Moh Siong Sim, estrategista cambial do Banco de Cingapura, disse que não acredita que exista apenas um motivo para o aumento do iene, mas que as notícias de que Ueda e Ishiba não haviam discutido aumentos na taxa de juros de longo prazo podem ter tranquilizado os mercados.
"Talvez isso tenha deixado as pessoas empolgadas e pensando que o recente aumento nos rendimentos que sustentavam o iene não era uma preocupação e, portanto, é um sinal verde para mais força do iene e talvez um aumento pelo Banco do Japão em breve", disse ele.
Trump disse na quarta-feira que anunciaria novas tarifas no próximo mês ou antes, acrescentando madeira e produtos florestais aos planos anunciados anteriormente.
Michael Pfister, analista de câmbio do Commerzbank, disse que o declínio do dólar nesta quinta-feira era menos acentuado do que os movimentos após Trump ter anunciado inicialmente seus planos tarifários para o México e o Canadá em janeiro.
"Estamos vendo um pouco de fraqueza do dólar, mas não é comparável", disse ele.
(Reportagem adicional de Rae Wee em Cingapura)
((Tradução Redação São Paulo))
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