Por Gertrude Chavez-Dreyfuss e Lucy Raitano
19 Fev (Reuters) - Moedas consideradas seguras, lideradas pelo dólar e pelo iene, registravam ganhos nesta quarta-feira, com a escalada do nervosismo do mercado em meio à última rodada de ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e às controversas negociações para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O dólar subia em relação às moedas que investidores compram quando o apetite por risco está alto, como o euro, a libra, os dólares australiano e canadense e as divisas de mercados emergentes, como o peso mexicano.
O iene, por outro lado, avançava em relação à maioria das principais moedas, como o dólar, o euro, o franco suíço e a libra.
Esses ganhos eram impulsionados pelos comentários de Trump, na terça-feira, de que pretende impor tarifas sobre automóveis "em torno de 25%" e tarifas semelhantes sobre importações de semicondutores e de produtos farmacêuticos.
Trump disse na sexta-feira que impostos sobre automóveis devem ser cobrados já em 2 de abril, um dia depois de os membros de seu gabinete entregarem relatórios a ele, delineando opções para uma série de tarifas de importação.
"O mercado ainda está se concentrando em conversas relacionadas a tarifas. Isso ainda está liderando os movimentos no câmbio atualmente, especialmente à medida que nos aproximamos do prazo final para o Canadá e o México", disse Eugene Epstein, chefe de negociação e produtos estruturados da América do Norte na Moneycorp.
Em relação ao iene JPY=EBS, o dólar estava em queda de 0,4%, para 151,42 ienes, e o euro EURJPY=EBS estava em baixa de 0,6%, para 157,87 ienes.
O euro EUR=EBS, enquanto isso, caía 0,2% frente ao dólar, para 1,0425 dólar.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, tinha alta de 0,1%, para 107,15, depois de cair 1,2% na semana passada.
O governo Trump disse na terça-feira que havia concordado em manter mais discussões com a Rússia sobre o fim da guerra na Ucrânia, após uma reunião inicial que excluiu Kiev, um afastamento da abordagem anterior de Washington que reuniu aliados dos EUA para isolar o presidente russo, Vladimir Putin.
((Tradução Redação Brasília))
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