Por Karen Brettell
NOVA YORK, 14 Fev (Reuters) - O dólar estava a caminho de uma perda semanal em relação ao euro, nesta sexta-feira, já que um atraso na introdução de tarifas comerciais planejadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou as expectativas de que elas podem não ser tão ruins quanto se temia, enquanto as esperanças de um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia ajudavam o euro a avançar.
O dólar também caiu para o nível mais baixo em nove semanas depois que dados mostraram que as vendas no varejo dos EUA recuaram mais do que o esperado em janeiro, levando investidores a aumentar as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros duas vezes este ano.
"Os mercados ainda esperam que os obstáculos tarifários não sejam tão significativos como talvez temido anteriormente, então provavelmente o maior elemento desta semana é o entusiasmo com o possível cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia e até que ponto isso pode ser positivo para o crescimento europeu em particular", disse Vassili Serebriakov, estrategista de câmbio do UBS.
"As vendas no varejo são provavelmente um fator terciário, mas mantiveram o dólar em baixa", disse Serebriakov.
O euro EUR= subia 0,32%, para US$1,0497, e chegou a US$1,0514, o maior nível desde 27 de janeiro. A moeda única está encaminhada para uma alta semanal de 1,7%.
O iene JPY= apreciava 0,37% contra o dólar, para 152,22 por dólar.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, caía 0,35%, para 106,72 e está a caminho de uma perda semanal de 1,3%. Ele atingiu 106,56, a cotação mais baixa desde 12 de dezembro.
Na quinta-feira, Trump encarregou sua equipe econômica de elaborar planos de tarifas recíprocas para todos os países que tributam as importações dos EUA. Howard Lutnick, escolhido por Trump para secretário de comércio, disse que o governo abordará cada país afetado, um a um, e afirmou que os estudos sobre a questão serão concluídos até 1º de abril.
O amplo anúncio parece ter sido concebido, pelo menos em parte, para desencadear discussões com outros países, com um funcionário da Casa Branca dizendo que Trump teria prazer em reduzir as tarifas se outros países reduzissem as suas.
((Tradução Redação Brasília))
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