Por Karen Brettell
NOVA YORK, 12 Fev (Reuters) - O dólar atingiu a maior cotação em uma semana em relação ao iene nesta quarta-feira, após dados mostrarem que os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram em janeiro mais do que os economistas esperavam, aumentando a probabilidade de que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros mais alta por mais tempo, enquanto luta para reduzir as pressões de preços.
O índice de preços ao consumidor dos EUA teve o maior aumento em quase um ano e meio, com norte-americanos enfrentando custos mais altos para uma série de bens e serviços.
O indicador aumentou 0,5% em janeiro, enquanto seu núcleo subiu 0,4%. A expectativa era de que ambos tivessem um aumento de 0,3%.
Na base anual houve alta de 3,0% no índice geral, acima da projeção de 2,9%, enquanto o núcleo subiu 3,3%, acima da expectativa de 3,1%.
"A conclusão é de que, independentemente do motivo da surpresa altista, o Fed tem sido muito claro ao afirmar que não cortará os juros até que a inflação esteja próxima de 2%", disse Adam Button, analista-chefe de câmbio da ForexLive.
Operadores de juros futuros estão agora precificando 27 pontos-base de cortes até dezembro, abaixo dos cerca de 37 pontos-base antes dos dados, o que implica uma chance maior de apenas um corte de 25 pontos-base no ano.
Frente à moeda japonesa JPY=EBS, o dólar subia 1,29%, para 154,44 ienes. O iene é altamente sensível à diferença entre as taxas de juros dos Estados Unidos e do Japão.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, registrava variação positiva de 0,02%, para 107,95, depois de ter atingido anteriormente um pico em uma semana de 108,52.
O chair do Fed, Jerome Powell, reiterou nesta quarta-feira que o banco central não tem pressa em cortar os juros durante uma segunda audiência no Congresso dos EUA nesta semana, mas disse que houve "grande progresso" na inflação.
((Tradução Redação São Paulo))
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