NOVA IORQUE, 12 Fev (Reuters) - O dólar norte-americano apreciou, esta quarta-feira, após os dados terem mostrado que os preços no consumidor subiram mais do que os economistas esperavam em Janeiro, o que aumenta a probabilidade de a Reserva Federal manter as taxas de juro mais elevadas durante mais tempo, enquanto luta para reduzir as pressões sobre os preços.
O Índice de Preços no Consumidor subiu 0,5% em Janeiro, enquanto o índice subjacente subiu 0,4%. Esperava-se que ambos registassem um aumento de 0,3%.
Isto coloca os ganhos dos preços no consumidor em 3,0% para o ano, acima das expectativas de um aumento de 2,9%, enquanto que os preços subjacentes subiram a um ritmo anual de 3,3%, acima das expectativas de um aumento de 3,1%.
O índice do dólar =USD subiu 0,48% no dia para os 108,45, enquanto que o euro EUR=EBS caiu 0,32% para os 1,0327 dólares. Contra o iene japonês JPY=, o dólar fortaleceu-se 1,25% para os 154,39 ienes.
Os 'traders' de futuros de taxas de juro estão agora a precificar 28 pontos base de cortes até Dezembro face a cerca de 37 pontos base antes dos dados, o que implica apenas um corte de 25 pontos base para o ano.
O presidente da Fed, Jerome Powell, disse, na terça-feira, que o banco central dos Estados Unidos não tinha pressa em reduzir novamente a sua taxa de juro de curto prazo, referindo que a economia norte-americana era "globalmente forte", com uma taxa de desemprego baixa e uma inflação acima do objectivo de 2% da Fed.
Powell fez estes comentários num depoimento no Comité Bancário, Habitacional e de Assuntos Urbanos do Senado. Powell também fará um depoimento no Comité de Serviços Financeiros da Câmara esta quarta-feira.
Entretanto, os investidores estão também concentrados nas tarifas da administração de Donald Trump, que alguns analistas receiam que possam aumentar as pressões sobre os preços, se forem implementadas.
Os conselheiros comerciais de Trump estavam a finalizar planos, esta quarta-feira, para as tarifas recíprocas que o presidente dos Estados Unidos prometeu impor a todos os países que cobram taxas sobre as importações norte-americanas.
Os ministros do Comércio dos 27 países da UE deverão reunir-se mais tarde por videoconferência para determinar a sua resposta, após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter afirmado que as medidas tarifárias contra o bloco "não ficarão sem resposta".
Trump planeia também aumentar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio para 25%, a partir de 4 de Março.
Texto integral em inglês: nL1N3P30MY