Por Stefano Rebaudo e Rae Wee
11 Fev (Reuters) - O dólar buscava direção nesta terça-feira, com os mercados cada vez mais insensíveis às ameaças tarifárias dos Estados Unidos e na expectativa pelo depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e por dados de inflação na quarta.
Analistas disseram que os riscos das tarifas de importação dos EUA permanecem, mas há boas razões para monitorar os fundamentos.
Powell fará seu depoimento sobre política monetária perante o Comitê de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado às 12h (horário de Brasília). Os dados de inflação dos EUA serão divulgados na quarta-feira, após números fortes de emprego que sustentaram os rendimentos dos Treasuries e o dólar na semana passada.
O presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu aumentar substancialmente as tarifas sobre as importações de aço e alumínio e disse que anunciará planos para impor tarifas recíprocas a outros países nos próximos dias.
Os juros futuros precificavam cerca de 40 pontos-base de cortes nos juros pelo Fed até o final do ano 0#USDIRPR, o que implica uma redução de 25 pontos-base e 60% de chance de um segundo movimento.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,08%, a 108,270. Ele subiu 0,37% na semana passada, em seu maior aumento diário em quase um mês, após os dados de empregos dos EUA.
"A ameaça de mais tarifas dos EUA permanece, também contra a União Europeia. A retaliação pode até levar a um cenário de risco de uma guerra comercial global", disse Athanasios Vamvakidis, chefe global de pesquisa cambial do BofA.
"Mesmo que o pior seja evitado, estamos preocupados com o fato de que a incerteza prolongada terá implicações negativas para a economia global", acrescentou.
O dólar tinha alta de 0,06% em relação ao iene JPY=, a 152,08, enquanto o euro EUR= era negociado a 1,032125 dólar, em alta de 0,14% no dia.
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS CMO