LONDRES, 5 Fev (Reuters) - O dólar norte-americano caiu para o seu mínimo em mais de uma semana, esta quarta-feira, com os nervos dos investidores sobre uma guerra comercial global a diminuírem, enquanto que o iene japonês subiu com base em fortes dados salariais.
O índice do dólar, que acompanha a moeda contra seis rivais =USD, caiu 0,49% para os 107,52, tendo atingido o seu mínimo desde 24 de Janeiro nos 107,37 antes na sessão europeia.
Como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parecia pronto na segunda-feira a impor tarifas de importação de 25% ao México e ao Canadá, o dólar saltou até aos 1,3% para os 109,88.
Desde então, caiu cerca de 2%, após México e Canadá terem ganho um adiamento de um mês ao reforçar a segurança nas fronteiras, embora os Estados Unidos tenham aumentado as taxas sobre a China.
O euro EUR=EBS subiu 0,34% para os 1,0416 dólares, após cair até 2,3% na segunda-feira, devido aos receios sobre o impacto global das tarifas e uma possível extensão das taxas para a União Europeia.
O dólar caiu de forma mais acentuada, esta quarta-feira, face ao iene, que foi impulsionado por fortes dados salariais japoneses e comentários de um responsável do Banco do Japão que sugeriu novos aumentos de taxas.
A moeda norte-americana depreciava 0,9% JPY=EBS, após ter caído anteriormente para os 152,55 ienes, o seu mínimo desde 13 de Dezembro.
Dados mostraram que os salários reais ajustados à inflação em Dezembro no Japão aumentaram 0,6% em termos anuais, graças a um aumento do bónus de Inverno.
Isto fez com que os investidores aumentassem as suas apostas em mais subidas de taxas do Banco do Japão este ano, com um pouco mais de 30 pontos base a serem precificados até ao final do ano.
A libra GBP=D3, entretanto, subiu 0,43%, após atingir o seu maior valor num mês nos 1,255 dólares.
A imposição de Trump de novas tarifas de 10% sobre a China depreciou o yuan de forma ligeira na segunda-feira, com os mercados a voltar de uma pausa prolongada do Ano Novo Lunar.
O yuan CNY=CFXS caiu 0,48% para os 7,272 nas negociações 'onshore', embora os seus ganhos tenham sido limitados pelo estabelecimento pelo Banco Popular da China de uma taxa 'midpoint', mais forte que a esperada, à volta da qual a moeda pode ser negociada num intervalo de 2%.
Os investidores estavam atentos a esta fixação em busca de pistas sobre se Pequim permitiria que o yuan enfraquecesse para atenuar o impacto das medidas comerciais.
Na terça-feira, a China impôs suas próprias tarifas sobre as importações dos Estados Unidos numa resposta rápida, tendo Trump dito, no mesmo dia, que não tinha pressa em falar com o presidente chinês, Xi Jinping, para tentar acalmar a situação.
Durante o primeiro mandato de Trump como presidente, o yuan foi autorizado a enfraquecer mais de 12% face ao dólar para ajudar a tornar os produtos chineses mais competitivos.
Texto integral em inglês: nL1N3OW0IE