Por Hannah Lang
NOVA YORK, 4 Fev (Reuters) - O dólar recuava nesta terça-feira, com as ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sendo interpretadas mais como uma tática de negociação do que como um objetivo final, um dia depois de ele ter suspendido as medidas planejadas contra México e Canadá.
No entanto, o novo governo Trump impôs tarifas adicionais de 10% sobre as importações da China, que entraram em vigor nesta terça-feira, e analistas de câmbio disseram que esperam que a alta sensibilidade à questão das tarifas e a volatilidade persistam.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,56%, para 107,97.
"Ainda estamos analisando essas tarifas de 10% sobre a China e a retaliação, o que adicionará algum prêmio de risco de volta ao mercado", disse Helen Given, trader de câmbio da Monex USA.
"Veremos se há algum tipo de negociação na retaguarda que possa reduzir essas tarifas, como vimos com o México e o Canadá. Mas, pelo que parece agora, a guerra comercial com a China está de volta e em andamento."
O euro subia ligeiramente, com a advertência de Washington de que a União Europeia pode ser a próxima na fila das tarifas comerciais, que devem aumentar a inflação dos EUA, apoiando o dólar ao manter a taxa de juros norte-americana mais alta por mais tempo.
O euro EUR=EBS subia 0,37%, para 1,038 dólar.
Nesta terça-feira, Pequim impôs tarifas sobre algumas importações dos EUA em uma rápida resposta às novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses, aumentando as apostas em um confronto comercial entre os dois países.
O iuan CNH=D3 subia 0,23%, para 7,287 por dólar, em negociações offshore. Não há negociação oficial do iuan até quarta-feira, com os mercados do continente ainda fechados para as festividades do Ano Novo Lunar.
((Tradução Redação Brasília))
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