Por Kevin Buckland e Stefano Rebaudo
4 Fev (Reuters) - O dólar rondava a estabilidade nesta terça-feira, depois de subir mais cedo com a entrada em vigor de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos da China, desencadeando uma rápida retaliação de Pequim e provocando uma venda do iuan.
O dólar canadense e o peso mexicano também se enfraqueciam, depois de terem subido no dia anterior, uma vez que Canadá e México obtiveram um alívio em relação às tarifas impostas pelos EUA.
O euro recuava, com Washington ameaçando que a União Europeia pode ser a próxima a ser alvo de taxas comerciais.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas adicionais de 10% sobre as importações da China a partir das 02h01 (horário de Brasília) desta terça-feira.
"O fato de Trump querer negociar é claro, mas, ao mesmo tempo, há uma ideia de que as receitas tarifárias devem financiar cortes de impostos e, a partir dessa perspectiva, pode-se perguntar se é possível voltar atrás nos planos tarifários todas as vezes", disse Marcus Widén, economista da SEB.
O índice do dólar =USD -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,01%, a 108,570.
Na terça-feira, a China impôs tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA, renovando uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, uma vez que Trump alegou que a China não está fazendo o suficiente para deter o fluxo de drogas ilícitas para os EUA.
"O otimismo anterior do mercado em relação a um acordo rápido (entre os EUA e a China) ainda parece incerto", disse Gary Ng, economista sênior da Natixis.
O iuan caía cerca de 0,35%, para 7,3207 por dólar nas negociações offshore CNH=D3, embora tenha se distanciado bastante da mínima recorde atingida na segunda-feira, de 7,3631 iuanes.
O euro EUR= era negociado a 1,0328 dólar, em queda de 0,14% no dia.
((Tradução Redação São Paulo, +55 11 5047-3075))
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