Por Hannah Lang
NOVA YORK, 3 Fev (Reuters) - O índice do dólar caía nesta segunda-feira depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu novas tarifas sobre o México por um mês após o país ter concordado em reforçar sua fronteira norte com 10.000 membros da Guarda Nacional para conter o fluxo de drogas ilegais.
O México e os EUA usarão a suspensão de um mês para iniciar novas negociações, disse Trump.
O atraso impulsionou o peso mexicano MXN=, que tinha alta de 1,25% em relação ao dólar, para 20,4196 por dólar. Mais cedo, a moeda caiu para seu nível mais baixo em quase três anos, para 21,2882 por dólar.
Enquanto isso, o índice do dólar =USD, que mede a moeda frente a uma cesta de pares, tinha queda de 0,5%, em 108,96. Mais cedo, ele havia atingido a maior cotação em três semanas, de 109,88.
"Esse adiamento para o México contribui para a ideia de que as tarifas são apenas uma ferramenta transacional", disse Marc Chandler, estrategista-chefe de mercado da Bannockburn Global Forex.
Como prometido por Trump no mês passado, os EUA anunciaram que atingiriam o Canadá e o México com tarifas de 25% e a China com uma taxa de 10% a partir de terça-feira, considerando-as necessárias para conter a imigração e o tráfico de drogas.
O dólar canadense CAD=D3 subia para 1,4568 por dólar, depois de cair anteriormente para um nível não visto desde 2003.
A China disse que contestará os impostos de Trump na Organização Mundial do Comércio. Em relação à moeda chinesa, o dólar estava em 7,3254 iuanes no mercado offshore CNH=D3, tendo anteriormente atingido um pico recorde de 7,3765 iuanes.
A expectativa é de que as tarifas aumentem a inflação dos EUA, apoiando o dólar ao manter os juros dos EUA mais altos por mais tempo. Economistas dizem que o plano do presidente republicano também desacelerará o crescimento global e aumentará os preços para os norte-americanos.
Enquanto isso, o euro EUR= depreciava 0,73% em relação ao dólar, para 1,0286 dólar, após tombar 2,3%, para 1,0125 dólar, o menor nível desde novembro de 2022 -- com investidores se preparando para as tarifas sobre a Europa do governo Trump.
((Tradução Redação Brasília))
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