Por Chibuike Oguh e Amanda Cooper
NOVA YORK, 31 Jan (Reuters) - O dólar avançava em relação às principais moedas nesta sexta-feira, enquanto o dólar canadense depreciava e o peso mexicano subia depois que a Casa Branca reiterou que o presidente norte-americano, Donald Trump, imporá tarifas no sábado.
A Reuters havia informado anteriormente, citando fontes familiarizadas com as deliberações sobre as tarifas, que Trump anunciaria tarifas sobre as importações canadenses e mexicanas no sábado, mas adiaria a cobrança das tarifas até 1º de março e ofereceria um processo limitado para que certas importações fossem isentas.
A porta-voz da Casa Branca Karoline Leavitt negou a reportagem, chamando-a de "falsa", acrescentando que as tarifas serão publicadas no sábado e entrarão em vigor imediatamente.
Mais cedo nesta sexta-feira, dados do Departamento de Comércio dos EUA mostraram que o índice PCE subiu 0,3% no mês passado, a maior alta desde abril passado, em meio a um aumento nos gastos do consumidor, uma indicação de que o Federal Reserve provavelmente não terá pressa em retomar o corte da taxa de juros.
“São as tarifas e o governo que estão impulsionando esse movimento de supervalorização do dólar. Um dos maiores desafios é que o dólar mais forte tem sido uma negociação que se sustenta, se quisermos lançar uma teoria de que há um 'Trump trade' por aí", disse Marvin Loh, estrategista sênior de mercado global da State Street.
O dólar avançava 0,12% em relação ao dólar canadense CAD=D3, recuperando-se de uma ligeira queda após a reportagem da Reuters. A moeda ainda está sendo negociada perto dos picos em cinco anos, a 1,451 dólar, e registrava um ganho semanal de quase 1,1%.
O peso mexicano MXN= estava em alta de 0,17%, para 20,728 por dólar. A moeda registrava seu pior desempenho semanal desde outubro.
Em relação ao iene, o dólar valorizava 0,54%, para 155,13 ienes, JPY=EBS, registrando três semanas consecutivas de ganhos. Em relação ao franco suíço CHF=EBS, o dólar subiu 0,1%, para 0,9016 franco, ganhando 0,5% na semana e interrompendo duas semanas consecutivas de perdas.
O euro EUR=EBS caía 0,3%, para 1,0367 dólar. A moeda chegou a registrar uma queda semanal de 1%, a maior perda desde 30 de dezembro. No mês, subia 0,23% -- a maior alta desde setembro do ano passado.
((Tradução Redação Brasília))
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