FOREX-Iene recupera face a euro e dólar com perspectivas de taxas a divergirem

SYDNEY/LONDRES, 30 Jan (Reuters) - O iene registou amplos ganhos, esta quinta-feira, já que o Japão parece estar a caminho de continuar a aumentar as taxas de juro, enquanto que outros países procedem a cortes, com o Banco Central Europeu a reduzir os custos de empréstimos em mais 25 pontos base esta quinta-feira.

O iene movimentou-se de forma assinalável nos mercados cambiais, com o dólar a cair 0,69% para os 154,13 ienes JPY=EBS e o euro a cair 0,81% para os 160,38 ienes EURJPY=.

A moeda única caiu 0,16% face ao dólar para os 1,0403 dólares EUR=EBS, após dados terem mostrado que a economia da Alemanha contraiu mais que o esperado no quarto trimestre.

Mostrou pouca reacção ao corte de taxas amplamente esperado pelo BCE. O banco central manteve a porta aberta para um maior alívio de política, já que os receios com uma economia sem brilho sobrepuseram-se às preocupações com a inflação persistente.

Os mercados estão a prever novos cortes do BCE em Março, Abril e Junho, com cerca de 90 pontos base de alívio implícito para 2025. 0#EURIRPR

Em contrapartida, o Vice-Governador do Banco do Japão, Ryozo Himino, afirmou, esta quinta-feira, que o banco central do Japão continuará a aumentar as taxas de juro se a economia e os preços evoluírem de acordo com as previsões do banco.

O índice do dólar =USD registou poucas alterações, ao cotar-se nos 107,97, após ter subido ligeiramente durante a noite, quando a Reserva Federal interrompeu o seu ciclo de alívio. O índice acompanha a moeda norte-americana contra seis rivais principais.

Dados sobre o avanço do PIB dos Estados Unidos mostraram que a economia cresceu a uma taxa anualizada de 2,3% no quarto trimestre de 2024, abaixo dos 3,1% no terceiro trimestre e abaixo das expectativas dos analistas de uma taxa de expansão de 2,6%.

O dólar registou uma breve subida durante a noite, quando a Reserva Federal deixou cair uma referência à realização de "progressos" em matéria de inflação, o que foi considerado como 'hawkish'.

No entanto, o Presidente Jerome Powell usou a sua conferência de imprensa para dizer que ainda estavam a ser feitos progressos e que as taxas estavam "significativamente" acima do ponto neutro, o que implica que ainda havia muito espaço para cortes.

Como resultado, os futuros da Fed funds ainda implicam cerca de 48 pontos base de alívio este ano, praticamente inalterados face ao início da semana. O próximo passo não é esperado antes de Junho. 0#USDIRPR

A pausa da Fed ocorreu numa altura em que Canadá e Suécia reduziram as taxas em um quarto de ponto durante a noite, mas retiraram a orientação sobre alívio futuro, ao observarem a incerteza sobre a política tarifária dos Estados Unidos.

Howard Lutnick, o nomeado do presidente norte-americano, Donald Trump, para dirigir o Departamento de Comércio, disse, na quarta-feira, que Canadá e México podem evitar as iminentes tarifas norte-americanas se agissem rapidamente fechando as suas fronteiras ao fentanil.

Texto integral em inglês: nL2N3OQ0IQ