Por Stefano Rebaudo
20 Jan (Reuters) - O dólar ampliava sua queda nesta segunda-feira após matéria citando que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que ainda não adotará tarifas em sua posse.
Trump emitirá um amplo memorando comercial nesta segunda-feira que orienta as agências federais a avaliar as relações comerciais dos Estados Unidos com a China, o Canadá e o México, mas que não chega a impor novas tarifas em seu primeiro dia de mandato, informou o Wall Street Journal, o que depois foi confirmando por uma autoridade do novo governo.
Os participantes do mercado esperavam que Trump anunciasse tarifas comerciais por meio de uma decreto. Tal medida teria aumentado as expectativas de uma campanha em larga escala, elevando a inflação e levando a uma taxa de juros mais alta por mais tempo pelo Federal Reserve.
O volume de negociação era pequeno porque os mercados dos EUA estão fechados para o feriado do Dia de Martin Luther King Jr.
"Os mercados estavam precificando algum risco de um decreto sobre tarifas, o que não ocorrerá", disse Francesco Pesole, estrategista cambial do ING.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda dos EUA em relação a seis pares, caía 1,01%, para 108,21. Na semana passada, atingiu um pico de 26 meses de 110,17.
Desde a eleição presidencial de novembro, o dólar subiu 4%, já que os investidores preveem que as políticas de Trump impulsionarão o crescimento e a inflação.
Juntamente com as tarifas, a imigração e os cortes de impostos serão as principais questões sob o escrutínio do mercado.
O euro EUR=EBS saltava 1,2%, para 1,0398 dólar. Na semana passada, atingiu uma mínima de dois anos de 1,0177 dólar, com as ameaças de tarifas pesando.
Enquanto isso, dados mais fracos sobre a inflação dos EUA e a perspectiva de vários cortes nos juros pelo Federal Reserve impulsionaram recentemente os ativos de risco, incluindo o bitcoin, que atingiu nesta sessão o recorde de 109.071,86 dólares.
O iene estava em 155,65 por dólar, com alta de 0,42%, já que o Banco do Japão provavelmente aumentará sua taxa de juros nesta semana, exceto por choques no mercado quando Trump assumir o cargo.
((Tradução Redação São Paulo))
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