Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK, 9 Jan (Reuters) - O dólar avançava pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira, com os rendimentos dos Treasuries em queda, mas permanecendo em níveis elevados devido às preocupações com as tarifas do novo governo Trump, enquanto a fraqueza recente da libra persistia.
Os rendimentos dos Treasuries têm apresentado uma tendência de alta, com a nota de referência de dez anos atingindo na quarta-feira o maior nível em oito meses e meio, de 4,73%, já que a economia resiliente e prováveis tarifas reacenderam preocupações com a inflação e alimentaram expectativas de que o Federal Reserve adotará uma trajetória mais lenta de cortes nos juros.
Dados econômicos recentes mostraram um mercado de trabalho em bases sólidas, e a ata da reunião de dezembro do Fed indicou que os formuladores de política monetária levantaram novas preocupações com a inflação, sugerindo que os planos do novo governo podem desacelerar o crescimento econômico e elevar o desemprego.
Investidores ficarão de olho no importante relatório de empregos do governo na sexta-feira, para avaliar o grau de agressividade do banco central norte-americano no corte dos juros.
"A maioria das leituras econômicas que chegaram foram um pouco mais fortes do que o esperado, portanto, se amanhã tivermos dados de emprego fora do setor agrícola mais fortes do que o esperado, isso será outro indicador de que a economia não está esfriando e que a inflação sofrerá mais pressões", disse Joseph Trevisani, analista sênior da FX Street.
"Também vamos ter a administração Trump, que vai mudar todo tipo de coisa", acrescentou Trevisani.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, subia 0,15%, para 109,18, com o euro EUR= em queda de 0,2%, para 1,0297 dólar.
A libra GBP= enfraquecia 0,53%, para 1,2296 dólar, no caminho para uma terceira sessão consecutiva de quedas, depois de atingir seu nível mais baixo desde 13 de novembro de 2023, com o ministro das Finanças do Reino Unido sob pressão, já que as preocupações com as políticas de Trump elevaram os custos de empréstimos do governo britânico.
((Tradução Redação Brasília))
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