Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK, 8 Jan (Reuters) - O dólar subia pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, após notícia de que o presidente eleito Donald Trump está considerando o uso de medidas de emergência para permitir um novo programa de tarifas.
O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR atingiu 4,73% mais cedo, seu nível mais alto desde 25 de abril, depois que a CNN informou que Trump está considerando declarar uma emergência econômica nacional a fim de fornecer base legal para uma série de tarifas universais sobre aliados e adversários.
Na segunda-feira, o Washington Post disse que Trump estava analisando tarifas mais sutis, o que ele negou posteriormente.
"Isso alimenta todo esse tema de um dólar forte e, mesmo com os dados (de emprego) decepcionantes da ADP, o dólar ainda está mais firme no dia", disse Marc Chandler, estrategista-chefe de mercado da Bannockburn Global Forex.
"O que isso significa é que as pessoas não devem resistir a isso, é um movimento genuíno que ainda não se esgotou."
Os dados anteriores sobre o mercado de trabalho dos EUA foram conflitantes, já que o Relatório Nacional de Emprego da ADP mostrou que a criação de vagas de trabalho no setor privado dos Estados Unidos desacelerou acentuadamente em dezembro, para 122.000, em comparação com 146.000 no mês anterior. Economistas consultados pela Reuters haviam previsto ganho de 140.000.
No entanto, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego semanais caíram para o menor nível em 11 meses, de 201.000, e abaixo da estimativa de 218.000 em uma pesquisa da Reuters com economistas.
O índice do dólar =USD, que mede a moeda em relação a uma cesta de pares, subia 0,41%, para 109,15, com o euro EUR= em queda de 0,36%, para 1,0302 dólar.
Os mercados estão agora precificando apenas 39 pontos-base de flexibilização do Federal Reserve este ano, sendo que o primeiro corte na taxa de juros provavelmente ocorrerá em junho.
Nesta quarta-feira, investidores estarão atentos à ata da reunião do Fed de 17 e 18 de dezembro, que poderá mostrar quantos formuladores de política monetária apoiam a manutenção dos cortes na taxa de juros, dado o progresso lento da inflação e uma economia resiliente.
((Tradução Redação Brasília))
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