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TREASURIES-Rendimentos caem com aumento da taxa de desemprego dos EUA

Reuters16 de dez de 2025 às 22:55

Por Karen Brettell

- Os rendimentos dos Treasuries caíam nesta terça-feira, depois que dados mostraram um aumento inesperado na taxa de desemprego dos Estados Unidos no mês passado, embora analistas também tenham observado que os dados são menos confiáveis do que o normal devido a distorções relacionadas à paralisação do governo.

O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR caía 2,7 pontos-base, para 4,155%.

O retorno da nota de dois anos US2YT=RR, que normalmente acompanha as expectativas da taxa de juros do Federal Reserve, cedia 2,3 pontos-base no dia, para 3,485%.

A curva de rendimento entre as notas de dois anos e de dez anos US2US10=TWEB, vista como um indicador das expectativas econômicas, estava em 67 pontos-base.

Empregadores norte-americanos criaram 64.000 vagas de emprego em novembro, superando expectativas de economistas, que previam um aumento de 50.000 postos de trabalho. A taxa de desemprego subiu para 4,6%. Economistas consultados pela Reuters haviam previsto que a taxa permaneceria inalterada em 4,4%.

"Não acho que possamos obter muitos sinais hoje", disse Will Compernolle, estrategista macro da FHN Financial.

"O mais importante, eu diria, é o aumento da taxa de desemprego para 4,6%. Mas mesmo assim, se você olhar o relatório do BLS, eles têm uma nota técnica que diz que, por uma série de razões, a margem de erro para novembro é maior", disse Compernolle.

O relatório de emprego de novembro, divulgado com atraso, e uma atualização parcial de outubro, publicados nesta terça-feira pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), também não incluíram a taxa de desemprego e outras métricas de outubro, após a paralisação do governo por 43 dias ter impedido a coleta de dados das famílias.

“Parece que o mercado de trabalho ainda está esfriando gradualmente, em vez de mostrar uma aceleração na deterioração. Portanto, não acho que esses dados, no geral, alterem nossa compreensão de como a economia está se saindo ou como o Fed reagirá a ela”, disse Compernolle.

Na semana passada, o Federal Reserve, bastante dividido, cortou a taxa de juros, mas sinalizou que é improvável que ela caia ainda mais no curto prazo, enquanto aguarda clareza sobre a direção de um mercado de trabalho que mostra sinais de enfraquecimento, uma inflação que "permanece um tanto elevada" e uma economia que, segundo suas previsões, ganhará impulso no próximo ano.

Operadores de contratos futuros estão precificando uma probabilidade de apenas 24% de um corte na taxa de juros na reunião do Fed de 27 a 28 de janeiro, sendo o próximo corte provavelmente em abril.

Outros dados divulgados nesta terça-feira mostraram que as vendas no varejo dos EUA permaneceram inesperadamente estáveis em outubro, embora o consumo pareça ter se mantido em uma base sólida no início do quarto trimestre.

((((Tradução Redação Brasília)) REUTERS VB))

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