
WASHINGTON, 25 Nov (Reuters) - Os preços ao produtor dos Estados Unidos avançaram em setembro com o aumento do custo dos produtos de energia e o repasse de algumas tarifas.
O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,3%, após uma queda não revisada de 0,1% em agosto, informou o Escritório de Estatísticas do Trabalho do Departamento do Trabalho nesta terça-feira. Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,3%.
Nos 12 meses até setembro, o índice teve alta de 2,7%, depois de avançar pela mesma margem em agosto. A divulgação do relatório foi adiada pela paralisação de 43 dias do governo.
Os preços dos bens aumentaram 0,9%, maior alta desde fevereiro de 2024, depois de subirem 0,2% em agosto. Os produtos de energia, que aceleraram 3,5%, foram responsáveis por dois terços do aumento nos preços dos bens.
Os preços dos serviços no atacado ficaram inalterados depois de caírem 0,3% em agosto, quando as margens comerciais foram reduzidas. A queda nas margens comerciais sugeriu que os atacadistas estavam absorvendo parte das tarifas do presidente Donald Trump sobre produtos importados.
Isso resultou, em grande parte, em preços moderados ao consumidor, embora o custo de alguns produtos no supermercado, incluindo carne bovina, café e bananas, tenha aumentado.
Os economistas esperam que o repasse das tarifas de importação eleve a inflação nos próximos meses.
O governo informou em outubro que o índice de preços ao consumidor subiu 0,3% em setembro, de 0,4% em agosto.
Esse relatório foi publicado apesar do apagão de dados, a fim de ajudar a Administração da Previdência Social a calcular seu ajuste de custo de vida para 2026 para milhões de aposentados e outros beneficiários de benefícios.
As chances de outro corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em dezembro aumentaram, apesar das preocupações de algumas autoridades do banco central dos EUA com a inflação.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
((Tradução Redação São Paulo))
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