
WASHINGTON, 25 Nov (Reuters) - As vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em setembro, dando uma pausa após um período recente de fortes ganhos.
As vendas varejistas tiveram alta de 0,2% após um ganho não revisado de 0,6% em agosto, informou o Census Bureau do Departamento de Comércio nesta terça-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo, que são, em sua maioria, mercadorias e não são ajustadas pela inflação, subiriam 0,4%.
A divulgação do relatório, originalmente prevista para meados de outubro, foi adiada pela paralisação de 43 dias do governo.
As vendas haviam acelerado nos meses anteriores, em parte porque os consumidores correram para comprar veículos elétricos movidos a bateria antes do vencimento dos créditos fiscais no final de setembro.
A moderação nas vendas provavelmente não altera as expectativas dos economistas de que os gastos dos consumidores aceleraram no terceiro trimestre.
As vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação caíram 0,1% em setembro, após um aumento revisado para baixo de 0,6% em agosto, de 0,7% informado antes. Esse indicador corresponde mais de perto ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto.
Entretanto, os gastos estão sendo impulsionados pelas famílias de renda mais alta, com muitos consumidores de renda média e baixa sobrecarregados pelo aumento dos custos, alguns deles decorrentes de tarifas sobre importações, criando o que os economistas chamam de economia em forma de K.
Embora o crescimento do emprego tenha se recuperado em setembro, o mercado de trabalho está enfraquecendo, com a taxa de desemprego subindo para 4,4%, o maior nível em quatro anos.
O governo divulgará a estimativa do PIB do terceiro trimestre em 23 de dezembro. A economia cresceu a um ritmo de 3,8% no segundo trimestre, com um déficit comercial menor sendo responsável pela maior parte do aumento.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
((Tradução Redação São Paulo))
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