Gastos com construção nos EUA se recuperam em agosto

WASHINGTON, 17 Nov (Reuters) - Os gastos com construção nos EUA se recuperaram inesperadamente em agosto, provavelmente impulsionados por reformas em residências, conforme as taxas de hipoteca mais altas continuaram a pesar sobre a construção de residências unifamiliares.

O Departamento de Comércio informou nesta segunda-feira que os gastos com construção aumentaram 0,2%, após um ganho de 0,2% revisado para cima em julho. Economistas consultados pela Reuters previram que os gastos com construção diminuiriam 0,1%, depois de uma queda de 0,1% relatada anteriormente para julho.

Em agosto, os gastos diminuíram 1,6% em uma base anual. O relatório, inicialmente previsto para 1º de outubro, foi adiado por uma paralisação recorde de 43 dias do governo federal. Esse foi o primeiro dos relatórios atrasados a ser publicado, com o relatório mensal de emprego de setembro agora programado para ser divulgado na quinta-feira.

Os gastos com projetos de construção privada aumentaram 0,3% em agosto. O investimento em construção residencial aumentou 0,8%. Mas os gastos com novos projetos de moradias unifamiliares caíram 0,4%. Os gastos com unidades habitacionais multifamiliares, que representam uma pequena parcela do mercado imobiliário, aumentaram 0,2%.

O declínio do investimento em construções unifamiliares sugere que as reformas foram provavelmente o motor do aumento na construção residencial.

As taxas hipotecárias caíram em relação aos altos níveis de agosto, quando o Federal Reserve retomou seus cortes nas taxas de juros, segundo dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac, o que poderia impulsionar a atividade de construção em setembro.

Porém, as taxas hipotecárias pararam de cair desde então, já que as autoridades do banco central dos EUA sinalizaram relutância em reduzir as taxas novamente no próximo mês. Um mercado de trabalho morno também está afastando possíveis compradores de casas, e o estoque de novas moradias foi elevado em agosto, o que poderia desencorajar as construtoras a realizar novos projetos.

(Reportagem de Lucia Mutikani)