
FRANKFURT, 14 Nov (Reuters) - A economia da zona do euro continuou a se expandir a um ritmo modesto, porém respeitável, no terceiro trimestre, enquanto o superávit comercial disparou em setembro, com exportações consistentes para os Estados Unidos, segundo dados da Eurostat divulgados nesta sexta-feira.
O bloco monetário de 20 nações tem se mostrado inesperadamente resistente aos conflitos comerciais e à incerteza neste ano, mas sua taxa de expansão permanece morna em comparação com pares internacionais e economistas veem poucos catalisadores para gerar um crescimento mais forte.
Sua economia cresceu 0,2% no trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores, em linha com a primeira estimativa do final de outubro, conforme o desempenho da França e da Espanha contrabalançou o da Alemanha, que está estagnada pelo terceiro ano consecutivo.
Em comparação com mesmo trimestre do ano anterior, o PIB da zona do euro cresceu 1,4%, um pouco acima das expectativas de 1,3% em uma pesquisa da Reuters com economistas, impulsionado pelo forte desempenho contínuo da Espanha.
Dados separados mostraram que o superávit comercial do bloco disparou para 19,4 bilhões de euros (US$22,62 bilhões) em setembro, em comparação com apenas 1,9 bilhão de euros no mês anterior, conforme as exportações para os EUA cresceram mais rapidamente do que as importações, apesar de uma série de tarifas que atingiram a demanda anteriormente.
A União Europeia como um todo teve um superávit comercial de 22,2 bilhões de euros com os EUA em setembro, acima do valor de 6,5 bilhões de euros em agosto e de 18,5 bilhões de euros um ano antes.
O superávit geral foi impulsionado por produtos químicos, incluindo produtos farmacêuticos, e vendas de maquinário. No entanto, isso pode indicar um aumento pontual, já que os produtos farmacêuticos são um componente historicamente volátil, especialmente devido à grande presença de empresas farmacêuticas globais localizadas na Irlanda por motivos fiscais.
O superávit comercial da zona do euro no mês é o maior desde março, quando as empresas dos EUA estocaram mercadorias antes do início das tarifas.
Ainda assim, os economistas alertam para que não se dê muita importância aos números mensais, uma vez que eles são afetados por fatores pontuais, incluindo a antecipação de tarifas.
(Reportagem de Balazs Koranyi)