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Goolsbee, do Fed, se diz indeciso quanto à necessidade de cortar juros em dezembro

Reuters3 de nov de 2025 às 17:25

- O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, disse nesta segunda-feira que não tem pressa em cortar os juros novamente, com a inflação ainda muito acima da meta de 2% do banco central.

"Não estou decidido em relação à reunião de dezembro" e "meu limite para cortes é um pouco mais alto do que nas duas últimas reuniões", afirmou Goolsbee em uma entrevista ao Yahoo Finance. "Estou nervoso com o lado da inflação, que está acima da meta há quatro anos e meio e está tendendo para o lado errado", ele acrescentou.

Goolsbee foi entrevistado após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto da semana passada, em que formuladores de política monetária reduziram a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para entre 3,75% e 4%, conforme autoridades procuraram compensar os riscos crescentes para o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, manter os juros em uma posição que ajudaria a reduzir as pressões inflacionárias. Ele tem direito a voto este ano.

Embora os mercados financeiros ainda esperem que o banco central faça um corte na taxa de juros na reunião de dezembro, o chair do Fed, Jerome Powell, advertiu na semana passada que "uma nova redução na taxa de juros na reunião de dezembro não é uma conclusão inevitável -- longe disso. A política monetária não está em uma trajetória predefinida".

Na entrevista, Goolsbee reconheceu que o mercado de trabalho está mostrando alguns sinais de fraqueza, mas que muitos indicadores importantes ainda apontam para a estabilidade, embora haja uma indesejável falta de clareza devido à paralisação do governo que impediu a divulgação de dados econômicos importantes.

Goolsbee vinculou seu caminho preferencial para a política monetária ao que acontece com as pressões sobre os preços. "Os juros podem cair bastante", disse ele, destacando que "provavelmente será mais criterioso fazer com que os juros caíssem com a inflação".

O chefe do Fed de Chicago disse que sua leitura atual sobre a economia não era muito diferente do que ele pensava em setembro, quando as autoridades ofereceram as últimas previsões para a economia. Ele advertiu contra cortes excessivos, dada a atual falta de clareza sobre o que está acontecendo.

Ele sinalizou preocupações sobre a antecipação de cortes nos juros quando "temos a paralisação dos dados, estamos recebendo algumas informações sobre o mercado de trabalho e temos muito poucas informações do setor privado sobre a inflação. Portanto, acho que devemos ser cautelosos" quanto à redução do custo do crédito de curto prazo.

(Reportagem de Michael S.Derby)

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB

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