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TREASURIES-Rendimentos sobem com o possível acordo entre EUA e China e incerteza sobre disponibilidade de dados

Reuters27 de out de 2025 às 16:29

Por Tatiana Bautzer

- Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta segunda-feira uma vez que as expectativas de um acordo comercial entre a China e os Estados Unidos aumentaram o apetite por risco, enquanto os investidores se preocupam com a disponibilidade de dados econômicos dos EUA e seu efeito sobre a taxa de juros futura.

O rendimento do Treasury de referência de 10 anos US10YT=TWEB subia 2,3 pontos-base, para 4,02%. Os títulos não reagiram de forma tão positiva quanto as ações aos sinais de progresso nas negociações.

"Pode ser um efeito do movimento de aumento de risco que reduz a demanda por ativos mais seguros, mas também a falta de dados e como isso afetará a trajetória da taxa de juros", disse Tom Di Galoma, diretor gerente do Mischler Financial Group.

O rendimento do Treasury de dois anos US2YT=TWEB, que normalmente acompanha as expectativas de taxa de juros do Fed, chegou a subir até 3,2 pontos-base pela manhã, mas reduziu os ganhos para 2,8 pontos, a 3,512%, depois que o Tesouro leiloou US$69 bilhões dessas notas.

A grande oferta disponível, com outro leilão de US$70 bilhões de notas de 5 anos, também pode ser um fator para o aumento dos rendimentos, acrescentou Galoma.

O rendimento do título de 30 anos US30YT=TWEB avançava 0,5 ponto-base, para 4,591%.

Os investidores veem como certo um corte de 25 pontos-base nos juros na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto na quarta-feira, especialmente após a divulgação do índice de preços ao consumidor de setembro na sexta-feira. Os dados mostraram que as pressões do repasse das tarifas de importação foram, até agora, mais fracas do que o esperado, disseram os analistas do BMO, liderados por Ian Lyngen, em uma nota aos clientes nesta segunda-feira.

A trajetória da taxa de juros até dezembro parece menos certa, já que as incertezas predominantes não serão resolvidas no curto prazo, acrescentaram. Mesmo que o governo reabra em novembro, o efeito sobre a disponibilidade de dados poderá se estender até 2026.

Nesse contexto, os dados de confiança do consumidor dos EUA a serem divulgados na terça-feira pelo Conference Board serão observados com mais atenção do que o normal.

(Reportagem de Tatiana Bautzer)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO

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