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Trump tem assinatura de trégua e enxurrada de acordos comerciais em primeira parada na Ásia

Reuters26 de out de 2025 às 17:22

Por Trevor Hunnicutt e Rozanna Latiff

- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou com o pé direito a primeira etapa de sua turnê asiática neste domingo, anunciando uma série de acordos comerciais na Malásia e participando da assinatura de uma trégua ampliada entre a Tailândia e o Camboja, que ele intermediou em julho.

Seis horas depois de aterrissar em Kuala Lumpur para a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), Trump anunciou acordos comerciais com quatro países, reuniu-se com líderes regionais e conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que as equipes de EUA e Brasil iniciarão imediatamente discussões sobre tarifas comerciais.

Trump também disse que está confiante em fechar um acordo com o presidente da China, Xi Jinping, antes de uma reunião prevista para quinta-feira. Neste domingo, as principais autoridades comerciais de ambos os lados se reuniram pelo segundo dia em Kuala Lumpur e concordaram com uma estrutura para um acordo comercial.

O principal objetivo de Trump no domingo foi a assinatura de um acordo entre o Camboja e a Tailândia, com base em um cessar-fogo alcançado depois que ele interveio para interromper confrontos mortais na fronteira, o que lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz pelo Camboja.

Em uma cerimônia com os líderes tailandeses e cambojanos, tendo como pano de fundo a insígnia dos EUA e as palavras "Delivering Peace" (Entregando a Paz), Trump, que se apresenta como um mediador de trégua global, disse que o acordo demonstra a busca da paz por parte de seu governo "em todas as regiões onde podemos fazê-lo".

"Meu governo começou imediatamente a trabalhar para evitar a escalada do conflito", disse Trump. "Todos ficaram surpresos com o fato de termos conseguido fazer isso tão rapidamente."

CONVERSAS PARA DIMINUIR ESCALADA DA GUERRA COMERCIAL

Ao chegar à Malásia, Trump foi recebido pelo primeiro-ministro da Malásia e por uma trupe de dançarinos cerimoniais, parando brevemente no tapete vermelho para dançar com os artistas.

Enquanto ele se misturava com outros líderes, negociadores norte-americanos e chineses se reuniram à margem do evento para evitar novas escaladas em uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Os negociadores dos EUA disseram que a reunião havia construído uma "estrutura bem-sucedida" antes das esperadas conversas entre Trump e Xi na Coreia do Sul.

"Acho que vamos chegar a um acordo com a China", disse Trump aos repórteres, enquanto o principal negociador comercial de Pequim, Li Chenggang, disse que um consenso preliminar foi alcançado após "consultas muito intensas".

Os dois lados estão tentando evitar uma escalada de sua guerra comercial depois que Trump ameaçou novas tarifas de 100% sobre os produtos chineses e outras restrições comerciais a partir de 1º de novembro, em retaliação aos controles de exportação ampliados da China sobre terras raras.

Poucas horas depois de aterrissar na Malásia, Trump e a Casa Branca anunciaram seis acordos comerciais com quatro países, alguns inesperados, incluindo acordos envolvendo minerais essenciais com a Tailândia e a Malásia, em meio a esforços concorrentes de Pequim no setor em rápido crescimento.

A Malásia concordou em se abster de proibir ou impor cotas sobre as exportações para os Estados Unidos de minerais críticos ou elementos de terras raras, disseram os países. Eles não especificaram se o compromisso da Malásia se aplica a terras raras brutas ou processadas.

Trump também anunciou estruturas detalhadas para acordos comerciais mais amplos com o Camboja e a Tailândia, enquanto a Casa Branca disse que um acordo foi alcançado com o Vietnã para permitir que os exportadores de ambos os países tenham acesso "sem precedentes" aos mercados um do outro.

(Reportagem de Rozanna Latiff, Trevor Hunnicutt, Xinghui Kok e Danial Azhar, em Kuala Lumpur; Yukin Zhang e Mei Mei Chu, em Pequim, e Mikhail Flores e Eduardo Simões)

((Tradução Redação São Paulo))

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