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Nova premiê do Japão promete aumento nos gastos com defesa e política fiscal "proativa"

Reuters24 de out de 2025 às 10:59

Por Makiko Yamazaki

- A nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, prometeu nesta sexta-feira acelerar a meta de gastos com defesa em dois anos, enquanto seu governo busca uma expansão fiscal proativa em prioridades estratégicas.

Em seu primeiro discurso, Takaichi disse ao Parlamento que o Japão pretende atingir uma meta de gastos com defesa de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no atual ano fiscal até março, antes da meta original do ano fiscal de 2027.

"O Japão deve tomar a iniciativa de fortalecer fundamentalmente suas capacidades de defesa", acrescentou.

A meta de defesa ressalta o compromisso de Takaichi com gastos que ela chama de "proativos", em uma tentativa de estimular o crescimento econômico, com base em seu argumento de que uma economia forte é um pré-requisito para uma política fiscal sólida.

Defensora de políticas fiscal e monetária expansionistas, Takaichi também prometeu manter a confiança do mercado e alcançar finanças públicas sustentáveis por meio da redução da dívida pública como proporção do PIB.

Seu foco na relação dívida/PIB é diferente dos governos anteriores que priorizavam a obtenção de um superávit orçamentário primário ou o financiamento de gastos sem recorrer a dívidas. Alguns analistas afirmam que a mudança pode retardar os esforços para restaurar a saúde fiscal do Japão.

"A implementação estratégica de medidas fiscais aumentará a renda familiar, melhorará a confiança do consumidor, impulsionará os lucros das empresas e gerará receitas fiscais mais altas sem aumentar as taxas de impostos", disse Takaichi.

A Reuters informou que Takaichi deve sinalizar a disposição do Japão de acelerar o aumento de sua defesa além do limite de 2% durante conversas com o presidente dos EUA, Donald Trump.

No entanto, ela não deve se comprometer com uma nova meta de gastos na reunião, que ocorre em meio aos apelos de Washington para que os aliados assumam mais o ônus da segurança regional.

O Japão estabeleceu sua meta de gastos com defesa de 2% em 2022, comprometendo-se a alocar 43 trilhões de ienes (US$ 285,18 bilhões) em cinco anos, uma mudança histórica em relação à norma do pós-guerra de limitar os gastos com defesa a cerca de 1% do PIB.

((Tradução Redação São Paulo))

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