TREASURIES-Rendimentos recuam em meio a cautela

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK, 20 Out (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries recuavam nesta segunda-feira e as negociações se mantinham dentro de faixas estreitas, em meio à melhora do apetite por risco já que as perspectivas de comércio com a China parecem menos graves do que nas semanas anteriores.

No entanto, os investidores permaneciam em geral cautelosos, já que o governo federal dos Estados Unidos seguia paralisado pelo 20º dia consecutivo, sem nenhuma expectativa de acordo real entre republicanos e democratas.

Mas o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, disse nesta segunda-feira que a paralisação provavelmente terminará nesta semana. Ele disse que seus "amigos no Senado" acreditam que seria "ruim para os democratas abrir o governo antes dos protestos 'No Kings' e que agora há uma chance de que esta semana as coisas se acertem".

O rendimento do Treasury de referência de 10 anos caía 1,2 ponto-base, para 3,999% US10YT=RR, enquanto a taxa dos títulos de 30 anos recuava para 4,583% US30YT=RR.

Na ponta mais curta da curva, os rendimentos de dois anos, que refletem as expectativas de taxa de juros, tinham estabilidade em 3,468% US2YT=RR.

"Há um sentimento melhor em relação à China e ao comércio de que isso não vai se transformar em um pesadelo", disse Stan Shipley, diretor gerente e estrategista de renda fixa da Evercore ISI.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na sexta-feira que espera se reunir nesta semana com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, na Malásia, para tentar evitar uma escalada das tarifas dos EUA sobre produtos chineses que o presidente Donald Trump disse ser insustentável.

Trump também confirmou que se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, em duas semanas na Coreia do Sul e expressou admiração pelo líder chinês.

Os investidores também estão aguardando a divulgação do relatório do índice de preços ao consumidor de setembro na sexta-feira, que deve dar alguma perspectiva sobre a direção da inflação.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO