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Funcionário do FMI pede que China desvie o foco fiscal da política industrial

Reuters16 de out de 2025 às 16:07

Por Leika Kihara

- A China tem margem para aumentar o estímulo fiscal, mas deve desviar o foco dos gastos da política industrial e direcioná-lo para medidas de estímulo ao consumo, disse uma autoridade graduada do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.

A economia chinesa permaneceu resiliente, apesar das tarifas comerciais mais altas dos Estados Unidos, devido às fortes exportações, embora o crescimento deva se moderar para 4,2% no próximo ano, de 4,8% em 2025, disse Krishna Srinivasan, diretor do Departamento da Ásia e Pacífico do FMI.

"A incerteza continua alta. As pressões de deflação persistem na China", disse Srinivasan em uma coletiva de imprensa durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial em Washington.

"A curto prazo, a China tem espaço fiscal para dar mais apoio à economia", embora a chave seja reequilibrar sua economia de um modelo dependente da demanda externa para um modelo que se concentre mais na obtenção de um crescimento impulsionado pelo consumo, disse ele.

"Esse é o pacote de políticas que estamos defendendo", disse Srinivasan. Embora as exportações da China estejam apresentando um bom desempenho, a mudança para um modelo de crescimento mais voltado para o consumo é "importante tanto para o país quanto para o resto do mundo", acrescentou.

A prioridade seria resolver o problema imobiliário persistente da China, que reduziu a confiança do consumidor e os gastos das famílias, disse Srinivasan.

"É importante garantir que a crise imobiliária seja resolvida de forma duradoura por meio de políticas abrangentes que ajudarão a impulsionar o consumo", disse ele.

A China também deve tomar medidas abrangentes para melhorar sua rede de segurança social e revitalizar seu setor de serviços, disse Srinivasan.

"Uma área em que a China pode fazer muito mais é a de serviços. Acho que isso não foi explorado o suficiente, portanto, a ênfase no setor de serviços geraria muitos dividendos para a China", disse ele.

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES

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