
WASHINGTON, 18 Set (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, mas o mercado de trabalho se abrandou, pois tanto a demanda quanto a oferta de trabalhadores diminuíram.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego diminuíram 33.000, para 231.000, com ajuste sazonal, na semana encerrada em 13 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. A queda reverteu parcialmente um aumento na semana anterior que havia levado os pedidos a níveis vistos pela última vez em outubro de 2021.
Esse aumento nas solicitações se concentrou no Texas, com a Comissão de Força de Trabalho do Estado dizendo posteriormente que, desde o feriado do Dia do Trabalho em 1º de setembro, "observou um aumento em tentativas fraudulentas de pedidos com o objetivo de explorar o sistema de seguro-desemprego".
Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos de seguro-desemprego para a última semana. As demissões em massa continuam relativamente baixas, mas o lado das contratações do mercado de trabalho está praticamente estagnado. A demanda por trabalhadores diminuiu, com os economistas culpando a incerteza decorrente das tarifas sobre as importações. Ao mesmo tempo, a repressão à imigração reduziu a oferta de mão de obra, criando o que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, descreveu na quarta-feira como um "equilíbrio curioso".
"Normalmente, quando dizemos que as coisas estão em equilíbrio, isso soa bem", disse Powell aos repórteres. "Mas, nesse caso, o equilíbrio se deve ao fato de que tanto a oferta quanto a demanda diminuíram bastante. Agora vemos a taxa de desemprego subindo ligeiramente."
FED REDUZ OS JUROS
Na quarta-feira, o banco central dos EUA reduziu sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 4,00% a 4,25%, e projetou um ritmo constante de reduções para o restante de 2025 para ajudar o mercado de trabalho. O Fed tinha interrompido seu ciclo de flexibilização da política monetária em janeiro devido à incerteza sobre o impacto inflacionário das tarifas de importação do presidente Donald Trump.
Os dados de pedidos de indenização cobriram o período durante o qual o governo pesquisou estabelecimentos comerciais para seu relatório de emprego de setembro. Os empregos aumentaram em apenas 22.000 em agosto.
A taxa de desemprego está próxima do maior patamar em quatro anos de 4,3%.
Embora as demissões em massa continuem baixas, as pessoas que perdem seus empregos estão passando por longos períodos de desemprego devido ao ritmo lento das contratações.
A duração média do desemprego saltou para 24,5 semanas em agosto, a mais longa desde abril de 2022, de 24,1 em julho.
(Reportagem de Lucia Mutikani)
((Tradução Redação Brasília))