
Por Alden Bentley
NOVA YORK, 12 Set (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries subiam em um pregão moderado nesta sexta-feira, com o retorno da nota de dez anos em alta após cair brevemente para o nível psicológico de 4% na véspera, conforme investidores digeriam dados fracos que abrem portas para o primeiro corte de juros em nove meses na próxima semana.
O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=TWEB caiu após a divulgação do índice preliminar de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, que ficou em 55,4, o mais baixo desde maio e abaixo dos 58,2 de agosto e da expectativa média de economistas de 58,0.
O retorno tinha alta de 4,9 pontos-base, para 4,06%.
O rendimento da nota de dois anos US2YT=TWEB, que normalmente acompanha as expectativas de taxa de juros do Fed, subia 2,9 pontos-base, para 3,558%.
O yield do título de 30 anos US30YT=TWEB avançava 2,7 pontos-base, para 4,678%.
A curva de rendimento entre as notas de dois anos e de dez anos US2US10=TWEB, vista como um indicador das expectativas econômicas, estava em 50,1 pontos-base.
"Vimos que as notas de dez anos oscilam em torno da marca de 4%. Acho que parte do movimento de hoje pode ser apenas um pouco de recuo em relação ao movimento exagerado que vimos nesta semana", disse Molly Brooks, estrategista de taxas da TD Securities.
O Comitê Federal de Mercado Aberto se reúne na terça e na quarta-feira quando avaliará os sinais das últimas semanas de enfraquecimento do mercado de trabalho e de inflação moderada.
As apostas atuais nos mercados futuros indicam que as chances de um corte de 25 pontos-base na quarta-feira são de 95%, de acordo com dados da LSEG, com 5% de chance de uma redução maior de 50 pontos-base na taxa básica do Fed, que está na faixa de 4,25% a 4,5% desde o último corte em dezembro.
O mercado também está aguardando o comunicado do Fed e o resumo das projeções econômicas do banco central, além de ouvir o que o chair Jerome Powell dirá após o anúncio, dada a longa espera para que o impacto das tarifas apareça nos dados que fizeram o Fed manter a taxa básica inalterada após o corte de 100 pontos-base de setembro a dezembro.
Embora o relatório de preços ao consumidor de quinta-feira tenha mostrado que a inflação se acelerou um pouco no mês passado, em contraste com uma queda nos preços ao produtor informada na véspera, os pedidos semanais de auxílio-desemprego se encaixam no quadro que vem se desenvolvendo desde o relatório de emprego da semana passada, de que o mercado de trabalho está se deteriorando mais do que investidores ou autoridades do Fed pensavam há apenas alguns meses.
((Tradução Redação Brasília))
REUTERS VB