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TREASURIES-Yields sobem com interrupção de rali de títulos e dados de empregos reforçando cenário de juros

Reuters9 de set de 2025 às 22:00

Por Alden Bentley

- Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta terça-feira, conforme um rali de títulos de prazo mais longo perdeu força, enquanto uma revisão para baixo nos dados de referência sobre empregos validou uma perspectiva de enfraquecimento do mercado de trabalho, que já estava justificando vários cortes nos juros do Federal Reserve este ano.

O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=TWEB subia 2,8 pontos-base, para 4,074%, depois de atingir brevemente o menor nível da sessão, de 4,04%, após a revisão dos dados de emprego.

O retorno do título de 30 anos US30YT=TWEB subia 2,8 pontos-base, para 4,727%.

O retorno da nota de dois anos US2YT=TWEB, que normalmente acompanha as expectativas da taxa de juros do Fed, ganhava 4,9 pontos-base, para 3,544%.

A curva de rendimento entre as notas de dois anos e de dez anos US2US10=TWEB, vista como um indicador das expectativas econômicas, estava em 52,8 pontos-base.

Os rendimentos de referência inicialmente reduziram os ganhos depois que o Departamento do Trabalho informou que a economia dos EUA provavelmente criou 911.000 empregos a menos nos 12 meses até março do que o estimado anteriormente. Economistas esperavam que a revisão ficasse em uma faixa entre 400.000 e 1 milhão de empregos.

As notícias do mercado de trabalho sugerem que o crescimento do emprego já estava estagnando antes das tarifas agressivas do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as importações.

Na semana passada, um relatório fraco sobre a criação de vagas fora do setor agrícola mostrou uma abertura de apenas 22.000 empregos em agosto, o que elevou os preços dos títulos e fez com que os rendimentos de dez e 30 anos atingissem seus níveis mais baixos desde abril e maio, respectivamente.

Sinais de fraqueza do mercado de trabalho praticamente garantiram que o Fed cortará os juros pela primeira vez desde dezembro em sua reunião de 16 e 17 de setembro. A questão agora é saber de quanto será o corte e quão agressivo ele será diante das evidências crescentes de que seu mandato de promover o emprego está se tornando um desafio igual ao de controlar a inflação.

Mas investidores também estão relutantes em se antecipar muito antes do relatório do índice de preços ao consumidor de quinta-feira, que, se vier muito mais quente do que os 0,3% esperados pelos economistas consultados pela Reuters e o aumento de 0,2% em julho, poderá complicar a decisão do Fed.

((Tradução Redação Brasília))

REUTERS VB

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