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Gastos com festas de fim de ano nos EUA devem sofrer maior queda desde a pandemia, mostra pesquisa da PwC

Reuters3 de set de 2025 às 11:58

- Os gastos dos consumidores norte-americanos com as festas de fim de ano devem sofrer a maior queda desde a pandemia, uma vez que os compradores -- especialmente os da Geração Z -- se retraem em meio à incerteza econômica, segundo uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers.

A PwC, que entrevistou cerca de 4.000 consumidores dos Estados Unidos entre junho e julho, disse que os compradores planejam gastar, em média, cerca de US$1.552 por pessoa, uma queda de 5,3% em relação ao ano passado. A última queda comparável foi em 2020, quando o gasto médio caiu 7,6%, para US$1.187.

Cerca de 84% dos consumidores esperam reduzir os gastos nos próximos seis meses, especialmente em vestuário, itens de grande valor e refeições fora de casa. Mais da metade disse que os aumentos de preços provavelmente afetarão suas decisões no fim do ano.

A inflação e as consequências econômicas das políticas comerciais do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tornaram os compradores mais cautelosos em relação às compras discricionárias, enquanto os principais varejistas norte-americanos enfrentam uma demanda incerta rumo à crucial temporada de festas de fim de ano.

A Target TGT.N, a Best Buy BBY.N e a Home Depot HD.N mantiveram suas previsões anuais nas últimas semanas. O Walmart WMT.N e a Abercrombie & Fitch ANF.N aumentaram suas perspectivas, enquanto a Mattel MAT.O reduziu sua previsão.

"Os consumidores estão abordando as compras de fim de ano de forma mais deliberada, decidindo o que é mais importante, onde reduzir e o que vale a pena gastar", disse a PwC.

Espera-se que os gastos com presentes sejam os mais atingidos, caindo 11% para um gasto médio de US$721, em comparação com os US$814 do ano passado, de acordo com a pesquisa. Espera-se que os orçamentos da Geração Z diminuam em 23%, em comparação com um aumento de 37% em 2024.

"O tráfego da Geração Z nas lojas tem aumentado, porque eles querem essa experiência, mas não estão necessariamente fazendo transações na loja", disse Kelly Pedersen, sócia da PwC.

A PwC acrescentou que o comportamento real de compra ainda pode mudar, observando que a incerteza em relação às tarifas comerciais diminuiu desde julho.

(Reportagem de Neil J Kanatt, em Bengaluru; Reportagem adicional de Siddharth Cavale, em Nova York)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS ES

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