Por Matt Tracy
WASHINGTON, 21 Ago (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta quinta-feira, conforme participantes do mercado diminuíam as apostas em um corte na taxa de juros do Federal Reserve no próximo mês, após dados mistos, e se preparavam para os comentários amplamente esperados do chefe do banco central dos Estados Unidos, Jerome Powell.
O rendimento da nota de referência de dez anos US10YT=RR subia 3,4 pontos-base, para 4,329%.
O retorno da nota de dois anos US2YT=RR, que normalmente se move em sintonia com as expectativas da taxa de juros, avançava 4,8 pontos-base, para 3,792%.
Enquanto isso, a curva de juros, medida pelo spread entre os rendimentos de dois e dez anos US2US10=TWEB, estava em 53,8 pontos-base.
Os rendimentos dos Treasuries caíram brevemente na tarde de quarta-feira depois que a ata da reunião de julho do Fed mostrou que os dois membros que discordaram da decisão do banco central de deixar a taxa de juros inalterada parecem não ter sido acompanhados por seus colegas.
Investidores agora estão focados no simpósio econômico anual de Jackson Hole, que teve início nesta quinta-feira. O destaque será o discurso de Powell na sexta-feira, com investidores esperando um sinal sobre a perspectiva da taxa de juros do Fed.
"Esperamos que a reunião de Jackson Hole deste ano ofereça uma oportunidade para Powell acenar novamente para o afrouxamento monetário", disse Andrzej Skiba, chefe da equipe de renda fixa na BlueBay U.S. da RBC Global Asset Management.
"Embora haja alguns pontos quentes na leitura da inflação deste mês, provavelmente não é o suficiente para deter os membros mais brandos do comitê", disse ele, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central, que define a política monetária.
Os juros futuros precificaram 74% de chance de um corte na reunião de 16 e 17 de setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Esse número se compara aos 82% registrados na quarta-feira e aos 92% de uma semana atrás.
Os rendimentos avançavam nesta quinta-feira, apesar de dados mostrarem fraqueza na economia dos EUA. O Departamento do Trabalho informou que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou em 11.000 na última semana, o maior aumento desde o final de maio.
((Tradução Redação Brasília))
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