Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK, 31 Jul (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries de prazos mais longos caíam nesta quinta-feira, antes de um aguardado relatório de empregos dos Estados Unidos para julho, que será divulgado na sexta-feira, revertendo uma alta na sessão anterior, após comentários menos brandos do chair do Federal Reserve, Jerome Powell.
Powell, na quarta-feira, desfez expectativas de um corte nos juros na próxima reunião do Fed, em setembro. Em uma coletiva de imprensa depois que o banco central manteve a taxa básica estável, Powell disse que o Fed está concentrado no controle da inflação -- e não nos empréstimos do governo ou nos custos das hipotecas imobiliárias que o presidente norte-americano, Donald Trump, quer reduzir.
Ele acrescentou que o risco de aumento das pressões sobre os preços devido às políticas comerciais e outras políticas do governo continua muito alto para que o banco central comece a afrouxar seu controle "modestamente restritivo" sobre a economia.
Futuros de juros, que estão vinculados à política monetária do banco central dos EUA, precificaram apenas 39% de chance de flexibilização em setembro, em comparação com 65% antes do comunicado do Fed na quarta-feira, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
"Agora, na verdade, tudo se resume a esperar os dados de trabalho de amanhã. E, embora o mercado possa estar precificando as chances de um corte em setembro após os comentários de Powell, ele claramente continua confortável com a ideia de que os cortes são uma questão de quando, e não de se", disse Zachary Griffiths, chefe de grau de investimento e estratégia macro da CreditSights.
Os rendimentos do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR caíam 2 pontos-base, para 4,358%, mas tinham alta de 13 pontos-base no mês.
O retorno da nota de dois anos US2YT=RR, que reflete as expectativas para a taxa de juros, subia 0,6 pontos-base, para 3,943%. Até o momento, ele tem alta de 22 pontos-base no mês de julho.
Os yields dos títulos de 30 anos US30YT=RR recuavam 2,7 pontos-base, para 4,886%, mas subiam 11 pontos-base neste mês.
Investidores estão agora de olho no relatório de emprego de sexta-feira, com economistas de Wall Street prevendo a criação de 110.000 novas vagas, abaixo dos 147.000 de junho. A taxa de desemprego deve subir para 4,2% em julho, de 4,1% no mês anterior.
((Tradução Redação Brasília))
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