
DURBAN, 18 Jul (Reuters) - Os chefes de Finanças dos países do G20 expressaram otimismo nesta sexta-feira quanto a um acordo sobre uma posição comum em relação ao comércio e a outros desafios globais, apesar de as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terem ofuscado a reunião.
O G20, que surgiu como um fórum de cooperação para combater a crise financeira global de 2008, não conseguiu chegar a uma posição conjunta quando os ministros das Finanças e os membros de bancos centrais se reuniram em fevereiro, para a consternação da anfitriã África do Sul.
Um acordo agora seria considerado uma conquista, embora os comunicados do G20 não sejam vinculativos e a redação exata não seja clara.
O ministro das Finanças canadense, François-Philippe Champagne, disse à Reuters na noite de quinta-feira que estava cautelosamente otimista de que a reunião na cidade costeira de Durban resultará em um comunicado final.
Uma autoridade de outro país do G20, que pediu para não ser identificada, expressou otimismo semelhante.
A África do Sul, sob o lema de sua presidência "Solidariedade, Igualdade, Sustentabilidade", tem como objetivo promover uma agenda africana, com tópicos que incluem o alto custo do capital e o financiamento para ações de mudança climática.
Os delegados na reunião procuraram chegar a um acordo sobre os desafios econômicos globais, incluindo a incerteza criada pelas tensões comerciais, bem como uma redação sobre o financiamento climático.
Dois delegados disseram que o desafio era estabelecer a linguagem que Washington aceitaria, uma tarefa dificultada pela ausência do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na reunião de dois dias.
Bessent também não compareceu à reunião de fevereiro na Cidade do Cabo, da qual várias autoridades da China, Japão e Canadá também não participaram, embora Washington deva assumir a presidência rotativa do G20 em dezembro.
A ausência de Bessent não foi ideal, mas os EUA estão participando de discussões sobre comércio, economia global e linguagem climática, disse um delegado do G20 que pediu para não ser identificado.
(Reportagem de Olivia Kumwenda-Mtambo, Kopano Gumbi, Colleen Goko, Philip Blenkinsop e Maria Martinez em Durban e Andrea Shalal em Washington)
((Tradução Redação São Paulo))
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