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Alta dos preços ao consumidor dos EUA aceleram como esperado em junho

Reuters15 de jul de 2025 às 12:47

- A alta os preços ao consumidor dos Estados Unidos acelerou em junho, provavelmente marcando o início de um aumento da inflação induzido por tarifas que mantém o Federal Reserve cauteloso quanto à retomada de seus cortes na taxa de juros.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% no mês passado, depois de ter avançado 0,1% em maio, informou o Departamento do Trabalho nesta terça-feira. Esse foi o maior avanço desde janeiro. Nos 12 meses até junho, o índice tem alta de 2,7%, depois de subir 2,4% em maio.

Economistas ouvidos pela Reuters previam altas de 0,3% na base mensal e de 2,6% na anual.

As leituras da inflação foram baixas de fevereiro a maio, o que levou o presidente Donald Trump a exigir que o banco central dos EUA diminuísse os custos dos empréstimos. Economistas disseram que a inflação demorou a reagir às taxas de importação anunciadas por Trump em abril porque as empresas ainda estavam vendendo o estoque acumulado antes da entrada em vigor das tarifas.

Na semana passada, Trump anunciou que tarifas mais altas entrarão em vigor em 1º de agosto para importações de diversos países, incluindo México, Japão, Canadá e Brasil, além da União Europeia, a partir de 1º de agosto.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços ao consumidor aumentou 0,2% em junho, depois de ter subido 0,1% no mês anterior. Nos 12 meses até junho, o núcleo do índice teve alta de 2,9%, depois de subir 2,8% por três meses consecutivos.

No entanto, os fortes aumentos de preços de bens podem ser compensados por aumentos moderados nos custos de serviços e aliviar as preocupações de um aumento generalizado das pressões inflacionárias. A demanda fraca limitou os aumentos de preços de categorias relacionadas a serviços, como tarifas aéreas e quartos de hotéis.

O Fed acompanha diferentes medidas de inflação para atingir sua meta de 2%. O banco central deve deixar sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50% na reunião de política monetária deste mês. A ata da reunião de 17 e 18 de junho do banco central, publicada na semana passada, mostrou que apenas "algumas" autoridades disseram que achavam que os juros poderiam cair já na reunião de 29 e 30 de julho.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS CMO

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