Por Gertrude Chavez-Dreyfuss
NOVA YORK, 3 Jul (Reuters) - Os rendimentos dos Treasuries subiam nesta quinta-feira depois que dados mostraram que a economia dos Estados Unidos criou mais vagas de emprego do que o esperado no mês passado, apoiando a postura paciente do Federal Reserve em relação ao corte da taxa de juros.
Os rendimentos da nota de dois anos US2YT=RR, que acompanham as expectativas da taxa de juros, subiam 9,7 pontos-base, para 3,888%, e tinham alta de 14,6 pontos-base na semana, seu maior ganho semanal desde o início de abril.
O rendimento do Treasury de referência de dez anos US10YT=RR, por outro lado, ganhava 5,3 pontos-base, para 4,346%. Na semana, o retorno avançava 6,3 pontos-base, no caminho para sua maior alta semanal em cerca de um mês.
Enquanto isso, a curva de juros se achatou após os dados, com o spread entre os rendimentos de dois e dez anos US2US10=TWEB em 45,4 pontos-base.
No entanto, o volume diminuiu após o relatório da criação de vagas fora do setor agrícola, com os mercados de títulos dos EUA fechados na sexta-feira para o feriado do Dia da Independência dos EUA.
Republicanos na Câmara dos EUA avançaram com a enorme proposta de gastos do presidente norte-americano, Donald Trump, para uma votação final nesta quinta-feira, superando divergências internas do partido sobre seu custo.
O projeto de lei, se aprovado, elevará o teto da dívida em US$5 trilhões, o que permitirá que o Tesouro dos EUA aumente o tamanho dos leilões de títulos nas próximas semanas.
Mas o relatório de empregos de quinta-feira foi o foco do mercado.
Dados desta quinta-feira mostraram que a economia dos EUA abriu 147.000 postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, após 144.000 em maio. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 110.000 vagas.
A taxa de desemprego caiu de 4,2% em maio para 4,1% em junho. Os economistas esperavam que a taxa de desemprego subisse para 4,3%.
As chances de um corte em julho diminuíram para 4,7% após os dados de emprego, de cerca de 25% antes da divulgação do relatório. As chances de um afrouxamento em setembro também caíram para 75%, em comparação com 98% pouco antes.
((Tradução Redação Brasília))
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